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EUA e Coreia do Norte têm discretas conversações regulares

11 de agosto de 2017 às 20:53
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Os dois países têm debatido a degradação das relações e os americanos presos na Coreia do Norte

A degradação das relações e os americanos presos na Coreia do Norte têm sido apenas alguns dos temas debatidos entre Washington e Pyongyang, por detrás da retórica bélica dos últimos tempos. De acordo com a Associated Press, os dos países mantêm conversações há meses, numa discreta comunicação diplomática. 

A mesma fonte, indica que as conversações sobre a libertação do estudante universitário norte-americano já eram conhecidas, no entanto, não se sabia que Washington e Pyongyang continuavam em contactos diplomáticos.

Fontes próximas indicaram que tais interacções nada fizeram, até ao momento, para atenuar as tensões causadas pelos progressos em matéria de mísseis e armas nucleares do regime norte-coreano, que agora estão a alimentar receios de confronto militar.


Acrescentaram, contudo, que tais conversações de bastidores poderão ainda ser a base para negociações mais sérias, como as armas nucleares norte-coreanas, se o presidente dos Estados Unidos da América e o líder da Coreia do Norte puserem de lado a retórica bélica dos últimos dias e se empenharem num diálogo.

Os contactos, a que as autoridades chamaram "Canal de Nova Iorque", decorrem com regularidade entre Joseph Yun, o enviado norte-americano para a política com a Coreia do Norte, e Pak Song Il, um diplomata de topo da missão norte-coreana na ONU, de acordo com responsáveis norte-americanos e outros que acompanham o processo e que falaram a coberto do anonimato.

Rússia e Alemanha manifestaram-se contra confronto militar

Esta sexta-feira, a chanceler alemã, Angela Merkel, opôs-se a qualquer "solução militar" na crise com a Coreia do Norte e advertiu para as consequências negativas da actual escalada da retórica entre Pyongyang e os Estados Unidos. 

"Não vejo uma solução militar para este conflito. (...) A Alemanha vai participar de maneira intensa nas possíveis soluções não-militares, mas considero que a escalada verbal é uma resposta errada", disse Merkel.


Também o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, considerou "muito elevado" o risco de um confronto militar entre os dois países, e recordou que Moscovo rejeita que Pyongyang possua armamento nuclear.

"Considero que o risco é muito elevado. Sobretudo tendo em consideração a actual retórica: são claras as ameaças sobre o uso da força", disse Lavrov. Após recordar que "a Coreia do Norte mantém a posição de ter direito a fabricar armas nucleares e que inclusivamente já as possui", Lavrov reconheceu que Moscovo está "muito preocupada" com as ameaças de Washington sobre um possível ataque preventivo e as respostas agressivas de Pyongyang. 

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.