Se Jon Ossoff e Raphael Warnock - os candidatos democratas aos dois lugares no Senado pela Geórgia – conseguirem ambos uma vitória na terça-feira, os democratas passam a controlar a câmara alta do Congresso dos EUA.
Para controlarem o Senado dos EUA, os democratas precisam de conquistar na terça-feira os dois lugares na segunda volta das eleições na Geórgia, onde não elegem um senador desde 2000, mas as sondagens indicam que tudo é possível.
Se Jon Ossoff e Raphael Warnock - os candidatos democratas aos dois lugares no Senado pela Geórgia – conseguirem ambos uma vitória na terça-feira, os democratas passam a controlar a câmara alta do Congresso dos EUA, onde já controlam a Câmara de Representantes, dando maior margem à estratégia política do Presidente eleito, Joe Biden.
As sondagens dizem que está tudo em aberto para a eleição de dia 05, na véspera de Biden ver a sua eleição confirmada pelo Congresso, mas a verdade é que o estado da Geórgia não tem sido generoso com os democratas e, por outro lado, basta que um dos dois candidatos republicanos, Kelly Loeffler e David Perdue, vença a corrida para que os conservadores mantenham o controlo do Senado, dificultando a vida a Joe Biden.
Nesta segunda volta - que procura resolver o impasse da eleição de 03 de novembro, já que os candidatos dos dois partidos ficaram separados por margens mínimas - os republicanos apostam tudo na derrota de Jon Ossoff, 33 anos, o mais jovem e inexperiente dos democratas, que já perdeu em votos na primeira volta, de dia 03 de novembro, e que tem um sério problema de notoriedade eleitoral.
Contudo, Ossoff tem recuperado terreno nas sondagens e os analistas dizem que basta que ele consiga levar para o seu campo os 2% de votos que foram para o candidato do Partido Libertário nas eleições de novembro para conseguir ultrapassar Perdue.
Por outro lado, Ossoff já se tornou o candidato a senador que mais dinheiro reuniu para uma campanha (só entre outubro e final de dezembro angariou mais de 100 milhões de euros, ficando 40 milhões à frente da verba de Perdue) e tem mostrado uma resiliência que levou vários dirigentes republicanos locais a insistir para que o seu candidato mostre mais assertividade no combate eleitoral.
Mas os dois candidatos republicanos preferem centrar os ataques em Raphael Warnock, o pastor da igreja batista de Atlanta, que acusam de desvalorizar o papel da polícia na manutenção da lei e ordem no país, limitando-se a acusar Ossoff de estar refém da ala mais à esquerda do Partido Democrata.
Por sua vez, os democratas dizem que Loefler não passa de um "yes man" do Presidente cessante, Donald Trump, e estão a fazer uma dura campanha contra Perdue, dizendo que ele esteve envolvido em negócios pouco claros, que tiraram proveito da pandemia de covid-19.
Os quatro candidatos não têm poupado nos gastos de campanha (gastaram, ao todo, mais de 400 milhões de euros), procurando mostrar a importância do resultado final para o desempenho do Presidente eleito: os republicanos tentam mobilizar os seus eleitores chamando a atenção para os riscos de os democratas ficarem a controlar a Casa Branca, a Câmara de Representantes e o Senado; os democratas tentam demonstrar que, sem o controlo do Senado, Biden dificilmente conseguirá fazer impor o seu programa eleitoral.
Num recente tempo de antena, Joe Biden dirigiu-se aos eleitores de uma forma muito direta, repetindo uma mensagem que já tinha transmitido nos comícios em que participou, no mesmo tom da vice-Presidente eleita, Kamala Harris.
"Deixem-me ser claro: eu preciso de Raphael Warnock e de Jon Ossoff no Senado dos Estados Unidos", disse Biden, tentando contrariar o discurso republicano, que tem insistido na ideia do risco de eleger dois candidatos democratas que Donald Trump acusa de serem "verdadeiros socialistas".
"Não me surpreende os ataques republicanos sobre o caráter socialista dos candidatos democratas. Foi a tática usada por Trump na corrida presidencial. Veremos se funciona ou se volta a falhar", concluiu Kelly Gibson, um dos estrategos políticos que colabora com o Partido Democrata.
EUA. Democratas apostam tudo na Geórgia para controlar o Senado
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