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EUA começaram a retirar tropas do Afeganistão

09 de março de 2020 às 21:14
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Centenas de soldados norte-americanos começaram a sair do Afeganistão, cumprindo a promessa eleitoral de Trump, em 2016, e o plano definido no acordo de paz assinado em fevereiro com os talibãs.

As tropas norte-americanas começaram a deixar oAfeganistão, cumprindo o plano de retirada inicial de militares estabelecido no acordo assinado no final de fevereiro com os talibãs, disse hoje uma fonte oficial dos EUA.

Centenas de soldados norte-americanos começaram a sair do Afeganistão, cumprindo a promessa eleitoral do PresidenteDonald Trump, em 2016, e o plano definido no acordo de paz assinado no passado dia 29 de fevereiro com os talibãs, reduzindo o contingente de cerca de 13 mil para 8.600 militares.

A retirada acontece quando no Afeganistão dois líderes rivais estão a ser empossados no cargo de Presidente, em cerimónias diferentes que hoje decorrem naquele país, criando uma nova situação de conflito no terreno, enquanto os Estados Unidos procuram uma forma de manter o acordo de paz sem a sua presença militar, ao fim de 18 anos de conflito.

A disputa de poder entre o Presidente Ashraf Ghani, que foi declarado vencedor das eleições de setembro passado, e o seu rival Abdullah Abdullhah, que denunciou uma situação de fraude nessas eleições, ameaça tornar-se um novo foco de conflito violento no Afeganistão.

Os Estados Unidos não vincularam a retirada das forças militares à estabilidade política no Afeganistão ou a qualquer resultado específico das negociações de paz com todo os afegãos.

A retirada dos norte-americanos ficou apenas dependente do cumprimento dos compromissos por parte dos talibãs de impedirem que "qualquer grupo ou indivíduo, incluindo a Al-Qaeda, use o solo do Afeganistão para ameaçar a segurança dos Estados Unidos ou dos seus aliados".

Segundo o acordo de paz, a retirada das tropas norte-americanas deveria começar 10 dias após o acordo ser assinado, em 29 de fevereiro, e o secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, disse que tinha já aprovado o plano de saída dos militares, que está a ser coordenado pelos comandantes territoriais no Afeganistão.