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Estados Unidos voltam a abandonar a UNESCO dois anos depois de regressarem 

Esta será a terceira vez que os Estados Unidos deixam a agência da ONU e a segunda durante governos de Donald Trump. No seu primeiro mandado o republicano decidiu deixar a UNESCO mas depois de cinco anos, e já com Joe Biden na Casa Branca, os norte-americanos acabaram por solicitar o regresso.

Os Estados Unidos vão sair novamente da agência educacional, científica e cultural da ONU devido ao que a Casa Branca considera um preconceito anti-Estados Unidos, anti-Israel e uma agenda woke.  

MIGUEL MEDINA/AFP/Getty Images

"O presidente Trump decidiu retirar os Estados Unidos da UNESCO, que apoia causas culturais e sociais divisivas e totalmente em desacordo com as políticas de bom senso em que os americanos votaram em novembro", referiu a porta-voz adjunta da Casa Branca, Anne Kelly, ao New York Post. Até ao momento a decisão ainda não foi confirmada pela UNESCO nem pela Casa Branca.  

Entre as políticas totalmente desacordo com o bom senso" citadas estão a publicação de um "kit de ferramentas antirracismo", em 2023, ou a iniciativa "Transformando MEN’talidades", de 2024, que apela aos estados-membros que adotem políticas "antirracistas" e sejam os principais defensores da justiça social e da igualdade. 

Um outro funcionário da Casa Branca, que falou com o New York Post sob anonimato, referiu que o Conselho Executivo da UNESCO tomou decisões anti-Israel e antissemitas ao designar locais sagrados para os judeus como "Património Mundial Palestiniano". 

Esta será a terceira vez que os Estados Unidos deixam a agência da ONU, sediada em Paris, e a segunda durante governos de Donald Trump. No seu primeiro mandado o republicano já tinha retirado os Estados Unidos da UNESCO, em 2017, mas depois de cinco anos, e já com Joe Biden na Casa Branca, os norte-americanos acabaram por solicitar o regresso argumentando que a presença americana era necessária para conter o crescente domínio chinês na organização.  

A primeira saída ocorreu durante o mandato de Ronald Reagen, que na altura afirmou que a organização "politizou superficialmente praticamente todos os assuntos que aborda. Demonstrou hostilidade em relação a uma sociedade livre, especialmente um mercado livre e uma imprensa livre, e demonstrou uma expansão orçamental desenfreada".  

Apesar de a decisão ter sigo já avançada por Anne Kelly, só vai entrar em vigor no final de dezembro de 2026.  

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