Sábado – Pense por si

Eliminação de armas nucleares é a maior prioridade do desarmamento mundial, diz Guterres

O Tratado de Proibição de Armas Nucleares foi aprovado na Assembleia-Geral das Nações Unidas, em 7 de Julho de 2017, por 122 países.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse este sábado que a eliminação das armas nucleares é a maior prioridade do desarmamento a nível mundial, por ocasião do primeiro aniversário da adopção do Tratado de Proibição de Armas Nucleares.

"As Nações Unidas continuam comprometidas com a eliminação total das armas nucleares como a sua mais alta prioridade de desarmamento", referiu um breve comunicado emitido pelo porta-voz do secretário-geral, Stephane Dujarric, citado pelo serviço de notícias ONU News.

O Tratado de Proibição de Armas Nucleares foi aprovado na Assembleia-Geral das Nações Unidas, em 7 de Julho de 2017, por 122 países, que se comprometeram a não desenvolver, adquirir, armazenar, usar ou ameaçar usar armas atómicas.

Para Guterres, "a adopção do Tratado (…) demonstra o forte e legítimo apoio internacional que existe para acabar de forma permanente com a ameaça das armas nucleares".

Até à data, 59 Estados-membros da ONU assinaram o documento e 11 já ratificaram o texto. Quando 50 países ratificarem o tratado, o documento entrará em vigor.

O secretário-geral da ONU acredita, segundo indicou o comunicado, que o tratado vai tornar-se "um elemento importante do regime de desarmamento nuclear e da não-proliferação".

A 20 de Setembro de 2017, o Presidente do Brasil, Michel Temer, foi o primeiro chefe de Estado a assinar o documento.

Cabo Verde e São Tomé e Príncipe são os outros países lusófonos que assinaram o Tratado de Proibição de Armas Nucleares, de acordo com a informação disponibilizada pelo serviço de notícias ONU News.

Poucos meses depois da aprovação do tratado pela Assembleia-Geral da ONU, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, defendeu, em Setembro de 2017, a decisão de Portugal de não ratificar o tratado.

"Portugal não pode ser membro da NATO, que é uma aliança nuclear, e ser subscritor de um tratado que declara ilegais as armas nucleares", explicou na altura o membro do Governo.

Na mesma ocasião, Augusto Santos Silva esclareceu que "é preciso fazer uma distinção entre a não-proliferação e a redução do armamento nuclear e sua ilegalização", recordando ainda que Portugal faz parte do Tratado de Não Proliferação Nuclear.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.