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Director da Interpol já não está desaparecido: encontra-se detido na China

07 de outubro de 2018 às 21:26
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O governo chinês já confirmou que Meng Hongwei está detido na China. Por sua vez, a Interpol anuncia que Meng renunciou ao seu cargo na polícia internacional com efeitos imediatos.

Depois do órgão anti-corrupção da China declarar este domingo que as autoridades do país estavam a investigar Meng Hongwei por "suspeitas de violação da lei" e que o colocaram "sob supervisão", e após estar dado como desaparecido desde dia 29 de Setembro, o governo chinês confirmou que Meng Hongwei está detido na China.

O governo chinês recusou-se a dar pormenores sobre a detenção do agora ex-director da Interpol, revelando apenas que este foi preso por alegada "grave violação da legislação estatal", segundo o diário South China Morning Post.

No comunicado oficial não são indicados os motivos da detenção de Meng, nem se teria infringido algumas das normas do Partido Comunista, a forma de a Comissão nacional de supervisão indicar os supostos casos de corrupção que submete a investigação.

Meng Hongwei estava desaparecido desde dia 29 de Setembro. Foi a sua esposa, Grace Meng, que deu o alerta, depois de este lhe ter tido que lhe telefonava e nunca tê-lo concretizado e de lhe ter enviado uma fotografia de uma faca, uma imagem que esta interpretou como um sinal de que Meng estava em perigo mortal.

A Interpol anunciou também que Meng Hongwei demitiu-se, com efeito imediato, do seu cargo, não fornecendo razões que motivaram a sua resignação.

Statement by the INTERPOL General Secretariat on the resignation of

Meng Hongwei. pic.twitter.com/c2daKd9N39

O secretário-geral da Interpol, o alemão Jürgen Stock, pediu à China no sábado que clarifique o paradeiro de Meng, que desapareceu pouco após chegar ao seu país. Stock aguarda "uma resposta oficial das autoridades chinesas" que esclareça as preocupações que suscitou o desaparecimento de Meng, que segundo a imprensa do seu país estaria detido e sob investigação, uma informação que acabou por ser confirmada.

A procuradoria de Lyon abriu na sexta-feira uma investigação sobre o desaparecimento de Meng, que segundo diversos média de Hong Konh estaria a ser investigado como antigo responsável do governo chinês e poderá ter sido vítima de uma purga interna do regime. Apesar de ser um cargo essencialmente honorífico, a designação de Meng foi muito criticada por organizações de defesa dos direitos humanos.

Segundo o periódico, em 30 de Setembro decorreu uma reunião de altos dirigentes do Partido Comunista chinês na qual o ministro da Segurança Pública, Zhao Kezhi, forneceu detalhes de uma conversa que manteve com Ding Xuexiang, chefe de gabinete do Presidente chinês Xi Jinping, e onde manifestou a urgência em reforçar a vigilância contra a corrupção.

Segundo a BBC, Meng foi uma personalidades mais recentes a desaparecer na China, onde estas situações são habituais entre altos funcionários do governo, celebridades, empresários e milionários.

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