Edwin Lau, inspector chefe da unidade de trânsito de West Kowloon, afirmou que 20 homens e uma mulher - com idades entre 21 e 59 anos - foram detidos e os viram os seus veículos apreendidos.
"Quero sublinhar que a polícia continua em acção e que não posso excluir a possibilidade de mais condutores serem detidos", disse aos jornalistas, sem referir o nome da Uber.
A polícia disse que os 21 detidos -- que trabalhavam para a Uber há apenas dias ou há anos -- cobravam entre 50 e 150 dólares de Hong Kong (5,70 e 17,1 euros) por trajecto.
Lau disse que os suspeitos têm de fornecer documentos válidos à polícia no prazo de três dias para provar que são inocentes.
Agentes agiram à paisana e depois de recolherem provas revelaram a operação.
Lau disse que as forças de segurança tinham provas suficientes para sustentar que os motoristas estavam a usar os veículos sem terem licença adequada.
Em Março, um tribunal de West Kowloon multou cinco motoristas da Uber em 10 mil dólares de Hong Kong (1,14 milhões de euros) depois de terem sido considerados culpados por conduzirem veículos para alugar sem autorizações e seguro contra terceiros.
Os cinco motoristas foram detidos numa série de operações da polícia em 2015.
Dois outros motoristas da Uber, que se declararam culpados dos mesmos crimes, receberam uma multa de 7.000 dólares de Hong Kong (800 euros) cada.
"Estamos extremamente decepcionados com a acção policial hoje, estamos [solidários] com os 21 parceiros condutores", disse a Uber em comunicado, acrescentando que irá ajudá-los e dar apoio jurídico.
A empresa, sediada em São Francisco, informou que tem uma apólice de seguro compartilhado, a qual está em conformidade com os requisitos legais de Hong Kong e cobre até 100 milhões de dólares de Hong Kong (11,4 milhões de euros).
"O transporte partilhado não devia ser crime. Hong Kong é uma cidade internacional conhecida pela sua aceitação das tendências económicas globais e novas tecnologias, mas os regulamentos de transporte atuais não conseguiram acompanhar a inovação", disse a Uber.
Em 2015, foram feitas rusgas pela polícia aos escritórios de Hong Kong da Uber e foram confiscados computadores e documentos.