Foram encontrados conteúdos direcionado a pais radicalizados para educar os filhos como jihadistas e recursos gerados com IA ou elementos de gamificação adaptados para crianças.
Mais de 2.000 conteúdos com propaganda terrorista e extrema-direita violenta dirigida a menores foram detetados nas principais redes sociais durante uma operação coordenada pela Europol e que contou com a colaboração da polícia portuguesa, foi hoje divulgado.
REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo
Em plataformas como o Facebook, Instagram, TikTok, Youtube, X ou Pinterest foram encontrados conteúdos com imagens ou vídeos de crianças com mensagens extremistas, conteúdo direcionado a pais radicalizados para educar os filhos como futuros jihadistas e recursos gerados com inteligência artificial ou elementos de gamificação adaptados para crianças.
A Europol, a agência da União Europeia para a cooperação policial, alertou em comunicado que os dados recentes fornecidos revelam que menores de idade estão atualmente envolvidos em mais de 70% dos mercados criminosos e lembra que proteger crianças do recrutamento e exploração por redes criminosas é uma das suas principais prioridades.
A operação detetou também conteúdos que glorificam menores envolvidos em ataques terroristas ou que exploram a imagem de crianças vítimas em zonas de conflito com o objetivo de incitar ódio e violência.
Durante a operação foram também detetados materiais que usavam cenas populares entre adolescentes, como imagens de lutas de artes marciais mistas, conhecidas pela sigla em inglês MMA, sobrepostas a discursos violentos.
Um dos elementos mais preocupantes observados durante o exercício é o uso crescente de táticas de manipulação emocional com mensagens menos ideológicas e mais focadas em gerar vínculos afetivos com os usuários, destaca.
Além de Portugal, participaram na operação, que decorreu entre 14 de abril e 27 de maio, polícias de Espanha, Albânia, Alemanha, Áustria, Bélgica, Bósnia-Herzegovina, Canadá, Dinamarca, Eslovénia, Hungria, Irlanda, Malta, Reino Unido, República Checa, Sérvia e Ucrânia.
Detetados mais de 2.000 conteúdos para menores com propaganda terrorista
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