Também esta sexta-feira Israel já tinha devolvido os corpos de trinta palestinianos, continuando as trocas de restos mortais que sustentam o frágil cessar-fogo.
A Cruz Vermelha informou que transferiu os restos mortais não identificados de três pessoas para Israel na noite desta sexta-feira, mas ainda não está claro se os corpos são de reféns falecidos.
Cruz Vermelha transfere restos mortais para Israel, após devolução de corpos palestinianosAP Photo/Abdel Kareem Hana
Também esta sexta-feira Israel já tinha devolvido os corpos de trinta palestinianos às autoridades de saúde de Gaza. O processo gradual de troca de corpos entre as duas partes continua lentamente durante um cessar-fogo instável em que mais de cem pessoas morreram esta semana no enclave.
Os corpos dos palestinianos foram entregues, pela Cruz Vermelha, ao Hospital Nasser, que já afirmou que tem tido bastantes dificuldades em identificar os corpos uma vez que se encontra sem acesso a kits de ADN.
Desde o início do cessar-fogo anunciado por Donald Trump, Israel já devolveu 225 corpos a Gaza, no entanto o Ministério da Saúde do enclave referiu que apenas 75 foram identificados pelas famílias. Não está claro se os corpos são de vítimas do ataque de 7 de Outubro, se morreram enquanto estavam detidos por Israel ou se foram mortos durante a ofensiva israelita a Gaza, no entanto as Forças de Defesa Israelitas já afirmaram que todos os corpos recuperados até ao momento eram de combatentes, uma informação que não foi possível confirmar. O Hamas devolveu os restos mortais de 17 reféns e, segundo os termos do cessar-fogo, deverá ainda entregar mais onze.
Na quinta-feira tinham sido entregues os restos mortais de duas pessoas a Israel e durante a noite o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu confirmou que se tratavam dos corpos de Sahar Baruch e Amiram Cooper, ambos feitos reféns durante o ataque do Hamas em 2023.
O cessar-fogo, que começou a 10 de outubro, foi alcançado pelo presidente norte-americano e tem como objetivo por um ponto final naquela que é a guerra mais mortal e destrutiva entre Israel e o Hamas. No ataque de 7 de Outubro militantes do Hamas mataram cerca de 1.200 pessoas no sul de Israel e fizeram 251 reféns. Nos dois anos que se seguiram a ofensiva israelita já matou mais de 68.600 palestinianos em Gaza, segundo os dados do Ministério da Saúde liderado pelo Hamas.
Numa avaliação divulgada esta sexta-feira a ONU referiu que as fotos de satélite tiradas no início de outubro mostram que 81% de todos os edifícios em Gaza foram destruídos ou danificados de alguma forma durante o conflito.
As autoridades de oito nações árabes e muçulmanas vão reunir-se em Istambul na segunda-feira para discutir os próximos passos para a paz em Gaza, avançou o ministro dos Negócios Internacionais da Turquia, Hakan Fidan. Estas reuniões são fundamentais para que seja possível criar uma Força Internacional de Estabilização em Gaza, conforme o plano de 20 pontos delineado por Donald Trump.
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