Sábado – Pense por si

Covid-19: Ministro da Saúde da Nova Zelândia demite-se após violar confinamento

02 de julho de 2020 às 07:55
As mais lidas

David Clark admitiu ter violado o confinamento por duas vezes e tinha colocado o lugar à disposição após reconhecer ter dado um passeio numa praia, em família, quando o país estava no mais alto nível de alerta.

O ministro da Saúde da Nova Zelândia, David Clark, demitiu-se após estar no centro das críticas por ter violado o confinamento da covid-19, anunciou hoje a primeira-ministra, Jacinda Ardern.

"Infelizmente, ainda era uma distração à nossa resposta [contra a pandemia] e era algo que não era sustentável", disse Ardern aos jornalistas em Wellington.

Clark, que admitiu ter violado o confinamento duas vezes, já havia colocado o lugar à disposição há três meses, depois de reconhecer publicamente um passeio numa praia, em família, a 20 quilómetros de sua casa, a 07 de abril, algo que coincidiu com o mais alto nível de alerta do país, então sob confinamento.

Então, a primeira-ministra recusou a renúncia de Clark, que durante o confinamento também admitiu ter andado de bicicleta e é acusado de se mudar de casa durante as semanas de alerta máximo.

O até agora ministro da Educação, Chris Hipkin, substitui Clark no cargo.

A Nova Zelândia regista apenas 22 casos ativos de covid-19, depois de confirmar um total de 1.178 infetados e 22 mortos.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 512 mil mortos e infetou mais de 10,56 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

Urbanista

A repressão nunca é sustentável

Talvez não a 3.ª Guerra Mundial como a história nos conta, mas uma guerra diferente. Medo e destruição ainda existem, mas a mobilização total deu lugar a batalhas invisíveis: ciberataques, desinformação e controlo das redes.