Até agora, o uso da máscara no trabalho era apenas recomendado quando era tecnicamente impossível cumprir o distanciamento de um metro entre cada pessoa.
O uso da máscara de proteção contra infeções porcovid-19vai ser obrigatório até ao final de agosto em "todos os espaços fechados e partilhados" das empresas em França, disse hoje a ministra do Trabalho, Elisabeth Borne.
"É necessário sistematizar, conforme preconiza o Conselho Superior de Saúde Pública, o uso de máscaras em todos os espaços de trabalho que sejam fechados e partilhados" por várias pessoas, tais como "salas de reuniões, corredores, vestiários ou 'open spaces'", sublinhou a ministra, após uma reunião com os parceiros sociais.
A medida foi decidida devido ao risco de disseminação da covid-19 através dos aerossóis (gotículas finas suspensas no ar), sendo que, até agora, o uso da máscara no trabalho era apenas recomendado quando era tecnicamente impossível cumprir o distanciamento de um metro entre cada pessoa.
O custo deste "equipamento de segurança pessoal", cirúrgico ou de tecido, será suportado pelo empregador, acrescentou a ministra.
Outras medidas deverão ser definidas para os trabalhadores sazonais e as empresas que trabalham com frigoríficos, que se revelaram fontes de contaminação, disse o sindicalista Yvan Ricordeau, da Confederação Francesa Democrática do Trabalho, também presente na reunião.
O sindicalista admitiu ter ficado satisfeito com a obrigação de uso generalizado de máscara nas empresas.
"Para manter a produção, devem ser fornecidos elementos de segurança aos funcionários", afirmou.
Esta medida ficará registada "nos próximos dias" num "protocolo nacional para garantir a saúde e segurança dos trabalhadores durante o período da covid-19", referiu a ministra, admitindo que poderá haver "isenções" para algumas empresas em função do desenvolvimento da crise sanitária, do tipo de instalações comerciais e do conselho das autoridades de saúde.
No que se refere ao teletrabalho, Elisabeth Borne assegurou que as regras irão manter-se.
"O teletrabalho deve ser recomendado nas zonas onde o vírus circula ativamente", afirmou, instando os parceiros a acelerar negociações para que seja possível trabalhar remotamente onde for necessário com a maior rapidez possível.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 774.832 mortos e infetou mais de 21,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.779 pessoas das 54.234 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
A França é o terceiro país da Europa com número de vítimas mortais, contabilizando 30.429 mortos em cerca de 331 mil casos, atrás apenas do Reino Unido (41.369 mortos, mais de 319 mil casos) e da Itália (35.400 mortos, mais de 254 mil casos).
Covid-19: Máscara vai ser obrigatória em espaços fechados das empresas em França
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.