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Covid-19. Malta é o primeiro país da UE a atingir imunidade de grupo

Diogo Camilo
Diogo Camilo 25 de maio de 2021 às 08:20
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País já administrou a primeira dose da vacina a 70% da população adulta e 42% já completaram a vacinação. Máscara vai deixar de ser obrigatória para vacinados e governo quer criar um um certificado de vacinação que permita o acesso a espaços culturais aos cidadãos vacinados.

Malta anunciou esta segunda-feira que já vacinou 70% da população adulta com pelo menos uma dose da vacina contra a covid-19, com o ministro da saúde, Chris Fearne, a avançar que o país é o primeiro da União Europeia a chegar à imunidade de grupo contra o vírus.

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Malta Reuters

Em conferência de imprensa, o ministro indicou que as vacinas estavam a ser administradas a um ritmo de uma dose a cada cinco segundos e que "42% da população adulta já recebeu duas doses" da vacina contra a covid-19.

Além da população mais velha, cerca de 52% dos cidadãos do país com idades entre os 16 e os 29 anos estão já inscritos para tomar a vacina. 

A ilha no Mar Mediterrâneo tem registado um decréscimo do número de casos, com uma média de três novos casos por dia na última semana - para uma taxa de positividade de apenas 0,2%. 

Com a imunidade de grupo, Malta prepara-se para retirar a obrigatoriedade do uso de máscara nos espaços públicos exteriores já no próximo mês de julho. No entanto, a medida aplica-se apenas a quem tenha sido vacinado.

Grupos com mais de duas pessoas serão sempre obrigados a utilizar máscara, que permanece obrigatória nos espaços públicos interiores, lojas e outros estabelecimentos. 

O país está já a levantar outras medidas restritivas impostas pela situação pandémica. Entre as alterações promovidas esta segunda-feira está o horário de funcionamento de bares e restaurantes, agora abertos até à meia noite, e a abertura de ginásios e piscinas. Estão também em curso negociações entre o governo e representantes dos setores das artes e do entretenimento para que sejam reintroduzidas algumas das atividades.

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