Sábado – Pense por si

Covid-19: Finlândia anuncia ter travado propagação e ultrapassado pico de infeção

15 de maio de 2020 às 14:34
As mais lidas

A Finlândia declarou o estado de emergência em meados de março, numa altura em que o país não tinha registado qualquer vítima mortal associada à doença covid-19.

A primeira-ministra da Finlândia anunciou hoje que aquele país nórdico conseguiu travar a propagação da pandemia do novo coronavírus, realçando a importância da adoção precoce de medidas de prevenção e do sentido de responsabilidade dos finlandeses.

A Finlândia declarou o estado de emergência em meados de março, numa altura em que o país não tinha registado qualquer vítima mortal associada à doença covid-19, e aplicou fortes restrições para impedir a propagação do vírus, incluindo o isolamento da região de Helsínquia (capital) e o encerramento de fronteiras, escolas, locais de lazer e centros culturais.

"Através de uma resposta precoce, conseguimos travar a progressão da epidemia e, até agora, conseguimos evitar um pico pronunciado da doença. Isto foi possível graças a todos que agiram com responsabilidade", declarou Sanna Marin, numa conferência de imprensa.

A atual situação permitiu ao país começar a levantar algumas das medidas de restrição, tendo o executivo finlandês decretado uma reabertura parcial das fronteiras e o regresso à escola das crianças e jovens.

Helsínquia designou como "estratégia híbrida" a fase que agora arranca no país.

A estratégia consiste em manter algumas restrições e, ao mesmo tempo, concentrar os esforços nacionais na realização de mais testes de diagnóstico.

Seguir as cadeias de contágio, isolar as pessoas infetadas e prestar assistência médica aos que mais necessitam são outros dos pontos da estratégia.

"É necessário continuar com a estratégia híbrida para prevenir a propagação do novo coronavírus até que a epidemia esteja sob controlo a nível global", reforçou a primeira-ministra finlandesa.

A par do aumento do número de testes e do reforço da capacidade para rastrear as cadeias de transmissão do vírus, a Finlândia está igualmente a preparar mudanças legislativas para regulamentar o uso de aplicações móveis (Apps) que facilitem o rastreio de novos casos.

Segundo Taneli Puumalainen, um dos responsáveis do Instituto Nacional de Saúde e Bem-Estar finlandês, o país ultrapassou o pico da pandemia em meados de abril e, desde esse período, a taxa de novos contágios tem vindo a diminuir de forma ligeira, mas constante.

O número médio de contágios causados por cada pessoa infetada na Finlândia (o chamado R0) situa-se atualmente entre os 0,6 e 0,85.

A Finlândia, país com uma população de 5,5 milhões de habitantes, registou, até à data, 6.228 casos de infeção pelo novo coronavírus confirmados, incluindo 287 vítimas mortais.

Desde que o novo coronavírus foi detetado na China, em dezembro do ano passado, a pandemia da doença covid-19 já provocou mais 302 mil mortos e infetou quase 4,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço da agência de notícias France Presse (AFP).

Mais de 1,5 milhões de doentes foram considerados curados.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou agora a ser o que tem mais casos confirmados (1,92 milhões contra 1,82 milhões no continente europeu), embora com menos mortes (cerca de 115 mil contra mais de 162 mil).

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.