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Coreia do Sul está a remover altifalantes de propaganda na fronteira com a Coreia do Norte

Débora Calheiros Lourenço
Débora Calheiros Lourenço 04 de agosto de 2025 às 12:27
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Os altifalantes, que eram utilizados para transmitir mensagens de propaganda contra o regime de Kim Jong-un e músicas de K-pop, estavam desativados desde junho.

O exército da Coreia do Sul informou esta segunda-feira que começou a remover os altifalantes que se encontram ao longo da fronteira com a Coreia do Norte, numa medida tomada para reduzir as tensões entre os países vizinhos. 

AP Photo/Ahn Young-joon

Os altifalantes são conhecidos por transmitirem propaganda anti-norte-coreana a partir do outro lado da fronteira. O governo da Coreia do Sul já tinha interrompido a sua utilização no mês de junho enquanto procura reconstruir a confiança e reavivar o diálogo com as autoridades de Pyongyang, algo que se perdeu nos últimos anos.

Agora o Ministério da Defesa da Coreia do Sul avançou com a remoção física dos equipamentos, o que considera mais uma "medida prática" para pretende aliviar as tensões entre as Coreias divididas pela guerra, mas que não afeta a prontidão militar de Seul. 

O anterior governo conservador da Coreia do Sul retomou as transmissões diárias por altifalantes em junho do ano passado, depois de uma pausa de um ano, em retaliação com o facto da Coreia do Norte ter enviado balões carregados de lixo para o território do sul.  

A Coreia do Norte ainda não comentou a medida do país vizinho, mas é esperado que veja a tentativa de aproximação com bons olhos uma vez que os altifalantes eram utilizados para transmitir mensagens de propaganda contra o regime de Kim Jong-un e músicas de K-pop. Pyongyang tem intensificado uma campanha contra a influência externa, sobretudo a cultura pop e da língua sul-coreana entre a sua população.  

O presidente sul-coreano, Lee Jae Myung, que chegou ao cargo em junho depois da realização de eleições antecipadas para substituir o conservador deposto Yoon Suk Yeol, assumiu o objetivo de melhorar as relações com Pyongyang.

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