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Confrontos nas manifestações já mataram 27 pessoas

26 de abril de 2017 às 22:26
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Confirmação da 27ª morte teve lugar no mesmo dia em que milhares de apoiantes da oposição voltaram a manifestar-se em Caracas

O Ministério Público venezuelano confirmou esta quarta-feira a morte de um jovem de 22 anos, elevando para 27 o número de mortes desde o passado dia 4 de Abril, durante as várias manifestações contra e a favor do presidente da Venezuela, Nicolas Maduro. De acordo com as autoridades, foram detidas 1.289 pessoas, 65 das quais continuam presas.

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Segundo o MP, a 27ª vítima mortal é Christian Humberto Ochoa Soriano, de 22 anos, que faleceu terça-feira à noite (madrugada de quarta-feira em Lisboa) num centro hospital da cidade de Valência, capital do Estado de Carabobo, 150 quilómetros a oeste de Caracas.

A vítima foi atingida com vários tiros na segunda-feira passada, durante uma manifestação convocada pela oposição, transportada para um hospital, onde viria a morrer.

A confirmação da morte teve lugar no mesmo dia em que milhares de apoiantes da oposição voltaram a manifestar-se em Caracas, para exigir a convocação de eleições gerais no país, a libertação dos presos políticos e o fim da repressão. Além disso, protesta-se também contra duas sentenças recentes do Supremo Tribunal de Justiça, que concedeu poderes especiais ao chefe de Estado e limitou a imunidade parlamentar, assumindo as funções do parlamento.

Condenação à censura

Os problemas na Venezuela levaram a ONU e a ComissãoInter-americana de Direitos Humanos (CIDH) a emitir um comunicado conjunto condenando a censura oficial, o bloqueio de espaços informativos, a detenção e ataques a jornalistas no país.


"Exortamos ao governo da Venezuela a libertar de imediato todos os detidos por exercerem o jornalismo e os seus direitos de opinião e expressão", disseram as organizações no comunicado, que dá conta de que pelo menos 12 jornalistas terão sido detidos pelas autoridades venezuelanas.

O documento foi emitido em conjunto pelo relator especial da ONU sobre o direito à liberdade de opinião e de expressão, David Kaye, e o relator especial para a liberdade de expressão da CIDH, Edison Lanza.

Segundo aquelas organizações "a regulação, limitação e bloqueio de páginas (web) ou de sinais televisivos que transmitem pela Internet, mesmo em estado de emergência, são desproporcionadas e incompatíveis com as normas internacionais". "Tanto antes como depois da ruptura da ordem constitucional e democrática, denunciada por organismos internacionais, o espaço para as vozes críticas dos jornalistas, representantes da sociedade civil, defensores de direitos humanos e representantes da oposição se tem deteriorado em forma contínua".

Segundo o comunicado, há registos de detenções de jornalistas venezuelanos e internacionais durante as manifestações. Nalguns casos, os afectados foram libertados, depois de várias horas ou dias de detenção.

Entre os casos referido está o de Braulio Jatar, que permanece detido desde Setembro de 2016, depois de divulgar um vídeo, na Internet, em que várias pessoas protestam perante o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante uma visita à ilha venezuelana de Margarita (nordeste).

Por outro lado, o comunicado sublinha que pelo menos três páginas web com noticiários e informação de interesse geral para os venezuelanos foram bloqueadas pelas operadoras privadas de Internet, na sequência de ordens da Comissão Nacional de Telecomunicações da Venezuela.
Cuidados intensivos

Loucuras de Verão

Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.