Teerão está a utilizar drones, sistemas de reconhecimento facial e uma aplicação para obrigar as mulheres a cumprir o rigoroso código de vestimenta. Quem desafia estas leis, pode ser condenada à prisão, pena de morte, espancamento e até violação sob custódia.
O Irão está a utilizar drones,sistemas de reconhecimento faciale uma aplicação para obrigar as mulheres a cumprir o rigoroso código de vestimenta, entre o qual se encontra o uso obrigatório do hijab, afirmaram as Nações Unidas num relatório divulgado na sexta-feira.
REUTERS/Morteza Nikoubazl
Os investigadores acreditam que as autoridades de segurança iranianas estão a recorrer a uma estratégia de "vigilantismo patrocinado pelo Estado" ao encorajar as pessoas a baixar a aplicação "Nazer", e desta forma denunciar as mulheres por supostas violações do código de vestimenta em veículos particulares, como táxis e ambulâncias.
De acordo com o relatório, a aplicação "Nazer" permite que os utilizadores carreguem a matrícula, a localização e a hora onde a mulher estava sem o hijab. A aplicação "sinaliza", então o veículo em questão e "alerta a polícia".
Depois disso, a aplicação envia uma mensagem (em tempo real) para o proprietário do veículo, avisando-o que este foi encontrado a violar as leis obrigatórias do hijab e que o mesmo será apreendido por ignorar esses avisos", lê-se no relatório.
O documento frisa ainda o uso crescente de "drones" e câmaras de segurança para "fiscalizar o uso do hijab em espaços públicos" emTeerão, no sul do Irão.
Os investigadores descobriram também que, além disso, existe já um novo software de reconhecimento facial, que foi instalado no início de 2024, "na entrada da Universidade Amirkabir, em Teerão, para fiscalizar as estudantes mulheres".
Para as mulheres que desafiam as leis, ou protestam contra elas, as consequências são bastante severas: a lei prevê prisão, pena de morte, espancamento e até violação sob custódia.
Em 2022, centenas de pessoas foram mortas por terem participado em protestos contra a lei obrigatória do hijab no Irão, avançou a ONU. Grande parte destes protestos, ocorreram, aliás, após a morte de Mahsa Amini, de 22 anos, em setembro daquele ano.
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