Autoridades chinesas afirmam que exercícios servem de "aviso" contra o discurso sobre a independência. Taipé afirmou que as suas forças estão preparadas para reagir.
A China iniciou na madrugada desta segunda-feira exercícios militares em grande escala em torno de Taiwan e das ilhas à sua volta. Os exercícios começaram dias depois de Taipé ter reiterado a sua soberania, como um "aviso" contra a independência do território. As manobras militares envolvem forças terrestres, marítimas e aéreas. Taipé considerou os exercícios como uma provocação e afirmou que as suas forças estão preparadas para reagir.
REUTERS/Tyrone Siu
William Lai, o líder do Taiwan, afirmou recentemente que a República Popular da China "não tem o direito de representar Taiwan". E esta segunda-feira, depois do início dos exercícios afirmou que o seu governo "continuará a defender o sistema constitucional de liberdade e democracia de Taiwan" contra "ameaças externas".
O porta-voz do Comando do Teatro Oriental do Exército de Libertação Popular da China, o capitão Li Xi, disse que a marinha, a força aérea do exército e o corpo de mísseis estavam todos mobilizados para os exercícios junto do Taiwan. "É um aviso importante para aqueles que apoiam a independência de Taiwan e um sinal da nossa determinação em salvaguardar a nossa soberania", disse Li numa declaração difundida pela imprensa oficial de Pequim.
Li referiu que os exercícios incluem a aproximação de navios e aviões à ilha a partir de várias direções, bem como ataques executados conjuntamente por diferentes forças, com o objetivo de testar a prontidão de combate real.
"Os exercícios militares lançados pela China têm como objetivo minar o estado de paz e estabilidade na região e continuar a utilizar a coerção militar contra os países vizinhos, o que não está de acordo com as expectativas da comunidade internacional", afirmou William Lai, através da sua conta oficial na rede social Facebook.
"Estamos empenhados em manter a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan e aguardamos com expectativa um diálogo e um intercâmbio igualitário, respeitoso, saudável e ordenado entre os dois lados do estreito. Esta é a nossa atitude constante e imutável", acrescentou.
O ano passado a China realizou também manobras no Estreito de Taiwan e em torno da ilha autónoma.
Taiwan foi uma colónia japonesa antes de ser unificada com a China no final da Segunda Guerra Mundial. Os dois territórios vivem separados desde que em 1949 os nacionalistas de Chiang Kai-shek fugiram para a ilha, enquanto os comunistas de Mao Zedong assumiram o poder no continente chinês, no final da guerra civil.
Lai tomou posse em maio, dando continuidade a um governo de oito anos do Partido Democrático Progressista, que rejeita a exigência da China de reconhecer que Taiwan é uma província chinesa. "A República da China [nome oficial de Taiwan] enraizou-se em Taiwan, Penghu, Kinmen e Matsu. A República da China e a República Popular da China não estão subordinadas uma à outra", afirmou Lai, sob aplausos, durante um discurso, proferido em frente ao palácio presidencial de Taipé, nas celebrações do Dia Nacional, na semana passada.
Já a China afirma regularmente que a independência de Taiwan é um "beco sem saída" e que a anexação por Pequim é uma inevitabilidade histórica.
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