O navio, que estava aparentemente a naufragar e cujo motor se havia partido, levava 30 menores, 49 mulheres e 15 homens.
Pescadores indonésios resgataram cerca de cem rohingyas a bordo de um barco à deriva perto da costa da província de Aceh, na Indonésia, informaram hoje as autoridades locais.
De acordo com a polícia indonésia, o navio, que estava aparentemente a naufragar e cujo motor se havia partido, levava 30 menores, 49 mulheres e 15 homens - embora o número de passageiros varie de acordo com a fonte - e navegava a cerca de seis quilómetros ao norte ao largo da ilha de Sumatra, quando foi descoberto por três pescadores indonésios.
"Instamos as autoridades indonésias a garantir um rápido resgate, desembarque e proteção para os refugiados. Essas crianças, mulheres e homens podem ter passado semanas no mar, senão meses, e devem ter asseguradas as suas necessidades básicas, como alimentos, roupas, água, remédios e acomodações", afirmou num comunicado Usman Hamid, diretor da Amnistia Internacional (AI) na Indonésia.
Os pescadores alertaram as autoridades locais e resgataram os rohingyas.
Segundo a polícia, os rohingyas partiram de Myanmar (ex-Birmânia) e, após o resgate, estão em frente à praia de Seunuddon à espera de serem transferidos para terra.
Num comunicado recolhido hoje pelo Jakarta Post, um porta-voz da polícia disse que um grupo foi criado para examinar a saúde dos refugiados e encontrar acomodações temporárias.
No início deste mês, a guarda costeira da Malásia resgatou 269 rohingyas - que também estavam a fugir de Myanmar - a bordo de uma embarcação no noroeste das ilhas de Langkawi e, neste momento, estão em centros de imigração.
Os resgatados na Malásia disseram às autoridades que dezenas de outros passageiros morreram no caminho e que os seus corpos foram atirados ao mar.
Segundo a AI, cerca de 800 rohingyas navegaram por dois meses no Golfo de Bengala, tendo sido rejeitados por vários países por temerem que fossem portadores do novo coronavírus, embora não se saiba se esses dois grupos fazem parte desses números.
Estes resgates fazem lembrar a crise de refugiados de 2015, quando centenas de rohingyas estavam à deriva em barcos em condições apavorantes depois de desmantelada uma rede de tráfico de seres humanos na Tailândia e na Malásia, mas desde então o uso dessa rota havia sido reduzido.
Na época, estimava-se que pouco mais de um milhão de rohingyas viviam no estado birmanês de Rakhine, mas em agosto de 2017 o exército birmanês lançou uma campanha militar contra esta minoria muçulmana, levando o êxodo para o vizinho Bangladesh de mais de 725.000 pessoas.
O Governo de Myanmar enfrenta uma acusação de genocídio no Tribunal Internacional de Justiça devido à perseguição aos rohingyas.
Myanmar não reconhece a cidadania dos rohingyas, que considera imigrantes bengalis, e há anos sujeita-os a todos os tipos de discriminação, incluindo restrições à liberdade de circulação.
Cerca de 100 rohingyas resgatados por pescadores na Indonésia
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