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Brexit: EUA querem manter e melhorar relações com Reino Unido

30 de janeiro de 2020 às 17:17
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Mike Pompeo disse nem mesmo as divergências sobre a decisão britânica de permitir que a Huawei participe no desenvolvimento na rede 5G no Reino Unido irão ser obstáculo a esse "relacionamento profundo".

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse esta quinta-feira que os EUA e o Reino Unido manterão e irão apurar o seu relacionamento especial, após o 'Brexit', apesar de divergências.

Durante a sua visita a Londres, Pompeo disse que nem mesmo as divergências sobre a decisão britânica de permitir que a empresa chinesa Huawei participe no desenvolvimento na rede 5G no Reino Unido irão ser obstáculo a esse "relacionamento profundo".

O chefe da diplomacia norte-americana reiterou o alerta sobre os riscos de permitir que a empresa tecnológica Huawei entre nas redes de telecomunicações 5G, invocando a sua dependência face ao Governo de Pequim e a vulnerabilidade destas redes a intrusões informáticas.

Contudo, hoje, Mike Pompeo disse que nem essas preocupações irão interpor-se no desígnio de melhorar o relacionamento entre os dois países.

"Este relacionamento é profundo. É forte. Permanecerá", concluiu Pompeo, durante um evento em que esteve com o seu homólogo britânico, Dominic Raab.

O chefe da diplomacia dos EUA garantiu que os serviços de inteligência do seu país não deixarão de partilhar informação com os serviços britânicos, depois de receber garantias de que a Huawei terá uma participação limitada no desenvolvimento da rede 5G no Reino Unido.

Essa mesma promessa foi feita, esta semana, pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que anunciou o veto à inclusão da empresa chinesa em áreas sensíveis das redes de telecomunicações.

Nos últimos meses, os EUA têm pressionado os aliados a não utilizar serviços da Huawei e ameaçaram mesmo boicotar partilha de informações de inteligência, se essa empresa operasse as redes 5G nesses países.