Tymbektodem Arara foi encontrado morto 16 dias depois de denunciar situação.
As autoridades brasileiras estão a investigar a morte, alegadamente por afogamento, de um chefe indígena, pouco depois de ter denunciado à ONU a desflorestação e invasão de terras, informou a polícia na terça-feira.
REUTERS/Alessandro Cinque/File Photo
Em 28 de setembro, Tymbektodem Arara falou ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas sobre a luta do povo Arara contra mais de duas mil invasões de terras protegidas de Cachoeira Seca, no estado do Pará (norte).
"Viemos aqui para exigir que se respeite nossa vida e nosso território", disse, num vídeo transmitido durante a 54.ª sessão do Conselho, com sede em Genebra.
Tymbektodem Arara tinha alertado para a desflorestação do território e sublinhado que as invasões eram uma consequência da instalação da barragem hidroelétrica de Belo Monte, inaugurada em 2016, no Pará.
O chefe indígena foi encontrado morto 16 dias depois no rio Iriri, no mesmo estado, apresentando sinais de afogamento, noticiou a imprensa local.
A organização não-governamental Conectas Direitos Humanos disse que o homem tinha 40 anos de idade.
A Polícia Federal do Pará confirmou à agência de notícias France-Presse a abertura de um inquérito.
Limitada pelo rio Iriri, a terra indígena de Cachoeira Seca tem uma área de 7.340 quilómetros quadrados e é habitada por 88 membros do povo Arara, de acordo com dados do Instituto Socioambiental brasileiro.
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