Foram destacados cerca de 80 mil elementos das forças de segurança para fazer frente aos manifestantes.
Ativistas convocaram para quarta-feira protestos em toda a França para contestar cortes orçamentais, prometendo paralisar serviços e transportes, tendo sido destacados cerca de 80.000 elementos das forças de segurança para fazer frente aos manifestantes.
Na sequência da crise política após a demissão do primeiro-ministro François Bayrou na segunda-feira, devido ao chumbo da moção de confiança que o próprio apresentou, o país que se depara com uma nova crise política vai ser palco de novos protestos, convocados pelo movimento "Vamos Bloquear Tudo", na quarta-feira.
O movimento, que nasceu durante este verão nas redes sociais, afirmado lutar contra as medidas de austeridade contempladas no plano orçamental para 2026 de Bayrou, que incluía o congelamento de certas prestações, cortes nos programas sociais e a eliminação de dois feriados.
Os membros do "Vamos Bloquear Tudo" garantem que se movimentam fora da órbita partidária e dos sindicatos, embora o França Insubmissa (LFI, partido de esquerda radical) tenha posteriormente anunciado o seu apoio ao protesto.
Este caráter de movimento social apartidário mobilizado nas redes sociais é semelhante ao dos "coletes amarelos", um grupo de protesto organizado há sete anos que exigia, usando coletes refletores, a supressão de um imposto sobre um combustível.
Contrariamente aos "coletes amarelos", cuja ideologia era heterogénea, o "Vamos Bloquear Tudo" posiciona-se mais à esquerda e tem membros mais jovens.
O protesto planeado para quarta-feira compreende centenas de ações que deverão ocorrer em grandes e pequenas cidades.
A Direção-Geral da Aviação Civil francesa (DGAC) prevê perturbações e atrasos "em todos os aeroportos franceses".
Na Educação tanto as universidades como os liceus planeiam juntar-se aos protestos, com cerca de 30 instituições do ensino superior a realizarem assembleias gerais extraordinárias para decidir sobre essas ações.
"Temos de participar neste movimento social, porque somos os primeiros a ser afetados pelo orçamento: afinal, somos os futuros cidadãos de França", explicou Sofia Tizaoui, presidente de um sindicato dos liceus franceses, que apelou ao bloqueio das escolas.
Ainda no domínio dos transportes, os manifestantes planeiam bloquear várias estradas em Paris na madrugada de hoje e continuar os bloqueios durante a manhã de quarta-feira.
Ao ver os socialistas que apoiam a Flotilha "humanitária" para Gaza tive a estranha sensação de estar a ver a facção do PS que um dia montará um novo negócio, mais alinhado com a esquerda radical, deixando o PS “clássico” nas águas fétidas (para eles) do centrão.
A grande mudança de paradigma na política portuguesa, a favor de contas públicas equilibradas, não acabou com maus hábitos recentes, como vemos este ano.
As declarações do ministro das migrações, Thanos Plevris – “Se o seu pedido for rejeitado, tem duas opções: ir para a cadeia ou voltar para o seu país… Não é bem-vindo” – condensam o seu programa, em linha com o pensamento de Donald Trump e de André Ventura.
Mesmo quando não há nada de novo a dizer, o que se faz é “encher” com vacuidades, encenações e repetições os noticiários. Muita coisa que é de enorme importância fica pelo caminho, ou é apenas enunciada quase por obrigação, como é o caso de muito noticiário internacional numa altura em que o “estado do mundo” é particularmente perigoso