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Assinatura do acordo com Mercosul adiada para janeiro

O Mercosul é constituído pelo Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia.

A assinatura do acordo entre a União Europeia (UE) e o Mercado Comum do Sul (Mercosul) vai ser adiada para janeiro, confirmou esta quinta-feira fonte europeia à Lusa.

Agricultores protestam contra acordo com Mercosul e políticas agrícolas em manifestação
Agricultores protestam contra acordo com Mercosul e políticas agrícolas em manifestação AP Photo/Fred Scheiber

Fonte europeia disse à Lusa que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, informou os líderes da UE de que adiou a viagem a Brasília para a assinatura do acordo para janeiro de 2026.

O Brasil ia organizar no sábado, 20 de dezembro, uma reunião para a assinatura do acordo que está a ser negociado há décadas.

No início da semana, o Parlamento Europeu aprovou as cláusulas de salvaguarda para os produtores europeus, que inclui a monitorização das flutuações do mercado e a possibilidade de aplicar taxas alfandegárias unilaterais para evitar que os produtores dos 27 Estados-membros do bloco sejam prejudicados pelas importações provenientes dos países do Mercosul.

O Mercosul é constituído pelo Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia.

Fonte europeia também avançou que o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, alertou os homólogos no Conselho Europeu de que a UE tem de ser séria e que adiar a aprovação do Mercosul, discussão que se prolonga há 25 anos, pode dar um sinal errado e afetar a credibilidade do bloco comunitário junto das empresas e dos consumidores.

De acordo com a agência France-Presse (AFP), o Presidente brasileiro, Lula da Silva, conversou com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, para tentar desbloquear a aprovação do acordo.

Giorgia Meloni terá pedido o adiamento da assinatura do acordo para dar mais confiança aos produtores europeus.

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A lagartixa e o jacaré

Dez observações sobre a greve geral

Fazer uma greve geral tem no sector privado uma grande dificuldade, o medo. Medo de passar a ser olhado como “comunista”, o medo de retaliações, o medo de perder o emprego à primeira oportunidade. Quem disser que este não é o factor principal contra o alargamento da greve ao sector privado, não conhece o sector privado.

Adeus, América

Há alturas na vida de uma pessoa em que não vale a pena esperar mais por algo que se desejou muito, mas nunca veio. Na vida dos povos é um pouco assim também. Chegou o momento de nós, europeus, percebermos que é preciso dizer "adeus" à América. A esta América de Trump, claro. Sim, continua a haver uma América boa, cosmopolita, que gosta da democracia liberal, que compreende a vantagem da ligação à UE. Sucede que não sabemos se essa América certa (e, essa sim, grande e forte) vai voltar. Esperem o pior. Porque é provável que o pior esteja a chegar.