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Antes desprezada, vacina de Putin agora é favorita no combate à pandemia  

Jornal de Negócios , Bloomberg 08 de fevereiro de 2021 às 20:16
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Os países fazem fila para receber a Sputnik V depois dos resultados revistos por pares e publicados na revista médica The Lancet mostrarem que a vacina russa protege contra o coronavírus tão bem como as vacinas dos EUA e da Europa, e com muito mais eficácia do que as rivais chinesas.

Apesar do sucesso da Rússia, a procura doméstica permanece morna até agora, em parte pela desconfiança da população. Putin, de 68 anos, alimentou o ceticismo em dezembro, quando disse que estava à espera que a vacina fosse aprovada para pessoas da sua idade.

Putin ainda não disse se foi vacinado, mas outras nações não querem esperar a resposta. Após anunciar que havia testado positivo à Covid-19, o presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador disse a 25 de janeiro que tinha agradecido a Putin por ter prometido 24 milhões de doses da Sputnik V nos próximos dois meses. Três dias depois, o presidente da Bolívia, Luis Arce, recebeu pessoalmente um lote no aeroporto de La Paz.

A aprovação europeia pode levar vários meses devido à necessidade de enviar dados detalhados, disse o editor-chefe da The Lancet, Richard Horton, em entrevista à Bloomberg. "Realmente acho que a vacina russa estará disponível", mas "não rapidamente", afirmou.

Embora a Rússia espere que a vacina esteja disponível para 700 milhões de pessoas neste ano, enfrenta constrangimentos de produção. "Temos que ser realistas. Devido aos nossos outros compromissos, não seremos capazes de fornecer para a Europa antes de maio, exceto para a Hungria", disse Dmitriev, do RDIF.

EPA/MINZDRAV / HANDOUT

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