De acordo com a organização não-governamental Human Rights Watch (HRW), o acordo de Tamimi com o Ministério Público terá de ser ratificado pelo tribunal militar que está a julgar a jovem de 16 anos.
Ahed Tamimi é uma das habitantes de Nabi Saleh, localidade a 20 quilómetros a nordeste de Ramallah, território da Cisjordânia ocupado por Israel, sob controlo militar.
Com oito anos, começou a participar em manifestações contra os colonatos israelitas e, três anos mais tarde, enfrentou os militares de Israel por causa da detenção do irmão, na altura com 12 anos.
No caso que a levou a julgamento, o vídeo em que a jovem provoca um soldado com bofetadas e pontapés, que procura manter a calma, incendiou as redes sociais. Entre os palestinianos foi chamada de heroína, entre os israelitas há que tema que ela se torne numa Joana d’Arc (a heroína e santa francesa) e quem tenha criticado a aparente passividade do soldado.
As agressões aconteceram perto de casa da jovem, em Nabi Saleh, na Cisjordânia, depois de uma manifestação em que os militares dispararam balas de borracha. Ahed Tamimi estava furiosa porque, alegadamente, um primo de 15 anos tinha sido atingido. "A nossa força está nestas pedras", disse Tamimi, após confrontar os militares israelitas.
Ahed Tamimi é um dos quatro filhos de um conhecido activista palestiniano, Bassem Tamimi, que organiza manifestações semanais contra a ocupação israelita da Cisjordânia na sua aldeia.