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Afeganistão vai vender toneladas de ópio para produção de medicamentos

O maior produtor de ópio do mundo vai poder vender legalmente toneladas apreendidas desta substância a empresas e países autorizados pela ONU.

O Afeganistão, o maior produtor de ópio do mundo, vai poder vender legalmente toneladas apreendidas desta substância a empresas e países autorizados pela Organização das Nações Unidas (ONU), para os utilizarem na produção de medicamentos.

"A emendada Lei Antinarcóticos, aprovada recentemente pelo presidente (Ashraf Gani) determina que o ópio confiscado pelos funcionários (públicos) às redes de tráfico de droga pode ser vendido a empresas", indicou à Efe um porta-voz do Centro de Justiça Antinarcóticos afegão, Khalid Muwahid.

O governo de Cabul não vai poder comprar ópio aos agricultores, a venda vai estar limitada às apreensões feitas pelas autoridades e apenas serão feitas as exportações que tenham a autorização da Junta Internacional para o controlo dos Estupefacientes (JICE) da ONU.

A lei, que esteve parada no parlamento durante anos e foi aprovada finalmente no final de 2017, vai permitir ao governo vender ópio depois de obtida a autorização da JICE, o que, a ser concretizado, acabará com a queima massiva de droga.

"Depois disto, em vez de queimar toneladas de ópio, o governo pode ser autorizado a vendê-lo para uma boa quantia, que pode ser utilizada na luta contra os estupefacientes, na saúde e em outros sectores", concluiu Muwahid.

A produção de ópio no Afeganistão cresceu 87% em 2017, até alcançar um volume estimado de nove mil toneladas, uma quantidade recorde que foi acompanhada de uma expansão em 63% da superfície dedicada ao cultivo da papoila, segundo num relatório do governo afegão e da ONU.

O Afeganistão é o principal produtor de ópio do mundo e em 2012 exportou 75% da heroína consumida mundialmente.

Dados da ONU indicam que as receitas deste tráfico financiam 15% das actividades dos talibãs.

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