Sábado – Pense por si

A renúncia, o lobby gay e a doença de Bento XVI

SÁBADO
SÁBADO 13 de fevereiro de 2018 às 11:00

Quando o Papa Francisco tentou avisá-lo que seria o seu sucessor, não conseguiu: Ratzinger estava a ver televisão. Tinha abdicado um mês antes - nunca se arrependeu.

Diz que começar um pontificado com 78 anos não lhe permitiu ambicionar "grandes mudanças, de longo prazo", que depois o próprio não teria "força para levar a cabo". E talvez por isso admita que a sua renúncia - a primeira em 600 anos - não o "dilacerou". Ser padre era quase um ofício de família (os irmãos do pai: ele era padre, ela, freira; mais um tio-avô, o irmão Georg e um primo), ser irrequieto também. Só não o suficiente para apreciar as visitas políticas - o que menos gostou nos oito anos de papado, conta a Peter Seewald no livro de entrevistas Conversas Finais -, para aceitar convidados na missa matinal ("preciso de silêncio e recolhimento. Não estou em condições de iniciar o dia logo com encontros"), ou para abdicar do canapé onde se deita para tomar decisões importantes. "Tenho de ter sempre um canapé."

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