Prémio será entregue à viúva, Yulia Navanlaya, numa cerimónia marcada para 12 de maio.
O líder da oposição russa Alexei Navalny, que morreu numa prisão na região ártica de Yamal-Nenets a 16 de fevereiro, vai receber a título póstumo o Prémio Dresden da Paz, foi esta segunda-feira anunciado.
EPA
O prémio será entregue à viúva, Yulia Navanlaya, numa cerimónia marcada para 12 de maio, e pretende reconhecer e enaltecer a vida e resistência política de Alexei como um exemplo para todos os que defendem os direitos humanos.
"A resistência do político da oposição foi e é um exemplo encorajador para todos os defensores dos direitos humanos que continuam com as suas atividades", afirmou o porta-voz dos patrocinadores do prémio, no valor de 10 mil euros.
Yulia e os colaboradores de Alexei Navalny, todos no exílio, assim como dissidentes russos no estrangeiro e boa parte da comunidade internacional responsabilizam diretamente o Presidente russo, Vladimir Putin, pela morte do seu opositor, na prisão de alta segurança onde se encontrava detido e sujeito a condições extremamente duras.
A partir do exílio, a viúva de Navalny decidiu continuar a luta de Alexei.
Na cerimónia de entrega do prémio vão atuar vários músicos, incluindo a jovem pianista Adele Marie Schäfer e o quinteto feminino saxão 'Youkali'.
Um momento especial do programa será também o memorial musical, que vai ser estreado pelo grupo vocal 'AuditivVocal Dresden', sob a direção de Olaf Katzer.
A peça musical foi composta especialmente para Navalny pelo russo Serguéi Nevski, que nasceu em Moscovo, em 1972, mas que vive em Berlim há já vários anos.
Está ainda prevista a leitura de textos de Navalny por atores, sendo acompanhados pelo violoncelista Emil Rover, professor da Academia de Música de Dresden.
O Prémio Dresden da Paz foi criado em 2009, pela associações Amigos de Dresden. Começou a ser atribuído em 2010, ano em que distinguiu o último líder da União Soviética, Mikhail Gorbatchev, falecido em 2022, aos 91 anos de idade.
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Num mundo incerto e em permanente mudança, onde a globalização e a tecnologia redefinem o modo de conceber e fazer justiça, as associações e sindicatos de magistrados são mais do que estruturas representativas. São essenciais à vitalidade da democracia.
Só espero que, tal como aconteceu em 2019, os portugueses e as portuguesas punam severamente aqueles e aquelas que, cinicamente e com um total desrespeito pela dor e o sofrimento dos sobreviventes e dos familiares dos falecidos, assumem essas atitudes indignas e repulsivas.