Dmitry Muratov foi distinguido com o Prémio Nobel da Paz em pleno clima de repressão contra os opositores políticos, os 'media' independentes e as organizações não governamentais que criticam o Kremlin.
O vencedor russo do Prémio Nobel da Paz, Dmitry Muratov, disse hoje que teria atribuído a distinção a Alexei Navalny, opositor do regime do Presidente Vladimir Putin.
"Teria votado na pessoa em quem as casas de apostas estavam a apostar. E essa pessoa tem todo o futuro pela frente. Falo de Alexei Navalny", disse o editor do jornal russo Novaya Gazeta, dedicando mais uma vez o seu prémio aos colaboradores da sua Redação que foram assassinados.
Muratov foi distinguido com o Prémio Nobel da Paz em pleno clima de repressão contra os opositores políticos, os 'media' independentes e as organizações não governamentais que criticam o Kremlin.
"Não sei como (este prémio) influenciará a censura que foi posta em prática", disse Muratov, acrescentando que doará parte da soma do prémio para apoiar "os 'media' independentes e autónomos" da Rússia.
Hoje mesmo, as autoridades russas classificaram nove pessoas, incluindo jornalistas, como "agentes estrangeiros", o que os sujeita a tediosos procedimentos administrativos e controlos de suas despesas, sob pena de prisão.
Várias organizações também foram incluídas na lista, incluindo o portal eletrónico de investigação Bellingcat, que revelou os nomes de vários agentes russos envolvidos em tentativas de assassínio, incluindo o envenenamento de Alexei Navalny no ano passado.
O Prémio Nobel da Paz foi hoje atribuído aos jornalistas Maria Ressa, das Filipinas, e Dmitry Muratov, da Rússia, pela defesa da liberdade de imprensa e de expressão, anunciou o Comité Nobel Norueguês.
Os dois jornalistas foram distinguidos "pela sua corajosa luta pela liberdade de expressão nas Filipinas e na Rússia. Ao mesmo tempo, são representantes de todos os jornalistas que defendem este ideal num mundo em que a democracia e a liberdade de imprensa enfrentam condições cada vez mais adversas", justificou a presidente Comité Nobel Norueguês, Berit Reiss-Andersen.
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Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.
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“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.