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A queda dos anjos Nobel

Sara Capelo
Sara Capelo 23 de setembro de 2018 às 14:00

Aung Suu Kyi deixou de ser um exemplo depois do massacre étnico e da prisão de jornalistas na Birmânia. Kissinger, Peres e Arafat também falharam a paz depois do prémio.

Aung San Suu Kyi estava presa há mais de dois anos quando o Comité Nobel anunciou que lhe iria atribuir, em 1991, o prémio Nobel da Paz pela sua "luta não violenta pela democracia e direitos humanos" contra a junta militar. No total, com curtas saídas que logo foram canceladas, esteve 15 anos em prisão domiciliária. E recusou-se a abandonar a Birmânia e regressar ao Reino Unido onde vivera – o que lhe teria dado a oportunidade de acompanhar o crescimento dos dois filhos, Alexander e Kim, ou de se despedir do marido, o inglês Michael Aris, que morreu em 1999 de cancro da próstata. Ela foi então a voz do exemplo, a da mulher que sacrificou a família pela democracia no seu país.

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