Unicef indica que mais de quatro milhões de pessoas – a maioria crianças - "foram forçadas a abandonar as suas casas devido aos confrontos" no país.
Quinze mil crianças continuam separadas dos pais ou com paradeiro desconhecido, cinco anos após o início do conflito no Sudão do Sul, divulgou esta quinta-feira o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Em comunicado, a organização indica que mais de quatro milhões de pessoas – a maioria crianças - "foram forçadas a abandonar as suas casas devido aos confrontos" no país.
Desde a eclosão do conflito, este órgão das Nações Unidas e parceiros no terreno reuniram cerca de seis mil crianças com os seus pais ou cuidadores.
"Cada reunificação é o culminar de meses – ou de anos, como acontece com frequência – de trabalho de localização de familiares num país com a dimensão de França, mas que não tem qualquer infraestrutura básica," afirmou Leila Pakkala, directora regional da Unicef para a África Oriental e Austral.
Leila Pakkala referiu que o "sofrimento pelo qual estas crianças passaram no conflito é algo inimaginável, mas a alegria de voltarem a ver as suas famílias reunidas outra vez faz renascer a esperança".
Segundo o comunicado da Unicef, as crianças separadas ou não acompanhadas "são mais susceptíveis à violência, abuso e exploração", o que torna o reencontro com os pais "uma prioridade urgente".
Contudo, após o reencontro, muitas famílias "continuam a precisar de apoio", explica a Unicef.
"Metade das crianças que regressaram para junto das suas famílias – cerca de 3.000 – continuam a receber assistência, o que eleva o número total de crianças com necessidade de apoio nos 18.000 casos", destaca o comunicado.
A Unicef acredita que o acordo de paz assinado recentemente entre as partes em conflitos no Sudão do Sul pode representar uma oportunidade de intensificar este e outros trabalhos de assistência humanitária.
"Houve desenvolvimentos positivos no terreno desde que o acordo de paz foi assinado," afirmou Leila Pakkala, acrescentando que "a esperança" daquela organização é que "áreas anteriormente inacessíveis comecem a abrir" para que possam "levar assistência vital a mais pessoas em 2019."
Desde o início do conflito, a Unicef e parceiros proporcionaram acesso à educação a 1,5 milhões de crianças; apoiaram a libertação de quase três mil crianças de forças e grupos armados; proporcionaram acesso a água potável a 800 mil pessoas e chegaram a mais de 1,4 milhões de crianças com actividades de apoio psicossocial.
A Unicef e os parceiros procederam ainda ao rastreio de subnutrição de 1,5 milhões de crianças; apoiaram a notificação de nascimento de 550.000 recém-nascidos; trataram 630.000 crianças com subnutrição aguda grave e vacinaram quase seis milhões de crianças.
De acordo com os dados da Unicef, um total estimado de 1,2 milhões de crianças estão gravemente subnutridas – o mais elevado número desde o início do conflito.
O comunicado da Unicef, refere que cerca de 2,2 milhões de crianças não têm acesso à educação, o que coloca o Sudão do Sul num dos países do mundo com a taxa mais elevada de crianças fora da escola.
Para financiar o seu trabalho de assistência humanitária para as crianças no Sudão do Sul em 2019, a UNICEF está a apelar a 157 milhões de euros.
Apenas dois anos e meio depois da independência, o Sudão do Sul entrou em guerra civil em Dezembro de 2013. O conflito, marcado por atrocidades étnicas, provocou dezenas de milhares de mortos e milhões de pessoas fugiram das suas casas.
15 mil crianças separadas dos pais ou desaparecidas após conflito no Sudão do Sul
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