Uma reviravolta inesperada: o aconteceu dentro do conclave?
Pietro Parolin era um dos favoritos a sucessor de Francisco, mas uma reviravolta acabou por dar vantagem a Robert Prevost. Estas são as várias teorias do que terá acontecido dentro do conclave.
Embora tudo o que acontece no conclave seja secreto, muitas das coisas que se passam dentro da Capela Sistina, onde ocorre a eleição de um novo Papa, acabam por se tornar do conhecimento público.
Alguns analistas acreditam que a eleição do Papa Leão XIV terá resultado de uma situação idêntica à que ocorreu em 2013, com a eleição de Francisco - quando se supunha que Angelo Scola seria o próximo líder da Igreja Católica. Acontece que, na altura, deu-se uma surpresa. O cardeal acabou por não conseguir reunir tantos votos como o que se esperava e rapidamente a escolha recaiu num candidato alternativo.
Desta vez, voltou a verificar-se um cenário semelhante. O cardeal Pietro Parolin era apontado como o candidato mais forte, visto que era o que tinha menos problemas e contava com um largo apoio dos cardeais, no entanto, uma reviravolta acabou por resultar na atribuição do papel de líder da Igreja Católica a Robert Prevost.
Desde então, têm surgido várias teorias que justificam este desfecho inesperado. Segundo o El País, existe a hipótese de Parolin ter dado um passo atrás no momento da votação, uma vez que apresentava sinais de uma saúde bastante fragilizada, transferindo assim os seus votos para Robert Prevost.
No entanto, o cenário mais provável, segundo o jornal espanhol, é que Robert Prevost tenha recebido o apoio dos cardeais dos Estados Unidos e de toda a América Latina, o que significa a recolha de 36 votos.
Além disso, acredita-se que terá recebido também o apoio de muitos cardeais europeus (eram um total de 53), além de parte da cúria (membros do governo do Vaticano) da qual era membro. Se assim se verificou, Robert Prevost conseguiu colocar muitos dos cardeais do hemisfério sul a seu favor, assim como todos aqueles que queriam a continuação do legado do papa Francisco.
A adicionar à lista das teorias, está ainda uma possível aliança de forças entre Parolin e o filipino Luis Tagle, na véspera do conclave, diz ainda o El País. O jornal refere que caso Parolin vencesse as eleições Tagle tornar-se-ia secretário de Estado da Santa Sé. Tecnicamente, estes pactos são proibidos, no entanto, não é segredo que acontecem.
Teorias à parte, certo é que a hora de almoço terá ajudado para que a votação fosse concluída. Ao que tudo indica, este momento terá resultado em conversas finais capazes de convencer os cardeais mais indecisos a fazer uma escolha.
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