Trump ordenou retirada dos EUA da Organização Mundial da Saúde
Donald Trump assinou cerca de 100 ordens executivas no seu primeiro dia de volta à Casa Branca. Destas, 78 são revogações a ordens de Biden.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou esta segunda-feira, como um dos seus primeiros atos oficiais enquanto líder norte-americano, uma ordem executiva para retirar os EUA da Organização Mundial de Saúde (OMS). Em 2020 Trump, que estava então na Casa Branca, criticou amplamente a OMS pela forma como lidou com a pandemia.
"A OMS defraudou-nos", acusou na segunda-feira o republicano, ao assinar o decreto, poucas horas depois de ter tomado posse, justificando a retirada com a diferença entre as contribuições financeiras dos Estados Unidos e da China para a organização. No texto, Trump pede que as agências federais "suspendam a futura transferência de quaisquer fundos, apoios ou recursos do governo dos EUA para a OMS" e orienta-as para "identificar parceiros norte-americanos e internacionais de confiança" capazes de "assumir as atividades anteriormente realizadas pela OMS".
Os Estados Unidos são o principal doador e parceiro da OMS, uma organização da ONU sediada em Genebra, na Suíça.
De acordo com a OMS, os EUA contribuem para o financiamento da instituição através de uma contribuição indexada ao seu Produto Interno Bruto, mas também através de contribuições voluntárias.
A saída dos Estados Unidos poderá obrigar a OMS uma grande reestruturação e prejudicar os esforços globais de saúde pública, incluindo a vigilância e a resposta a surtos.
A OMS desempenha um papel de coordenação particularmente central durante as emergências de saúde globais.
Durante o primeiro mandato, Donald Trump já tinha tentado retirar o país da organização, que acusou de ser "controlada pela China".
No entanto, o sucessor, Joe Biden, cancelou a retirada antes de esta entrar em vigor, uma vez que era obrigatório um período de um ano entre o anúncio e a retirada efetiva.
Com Lusa
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