Tribunal Penal Internacional tenta confirmar morte de cérebro dos ataques de 7 de outubro
Israel declarou que Deif foi morto durante um ataque aéreo na cidade de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, a 13 de julho. No entanto, o Hamas não confirmou nem desmentiu a informação.
Os procuradores do Tribunal Penal Internacional (TPI) estão a investigar a alegada morte do comandante militar do Hamas, Mohammed Deif. Segundo documentos judiciais tornados públicos na terça-feira, caso confirmem a sua morte será retirado o mandado de captura que há em vigor contra ele.
"O Ministério Público só vai retirar o pedido de mandado de captura contra Deif se houver informações fidedignas e que confirmem a sua morte", referem documentos legais sigilosos de 2 de agosto e agora divulgados pela Reuters.
Deif era considerado uma figura chave na organização dos ataques de 7 de outubro de 2023, que desencadearam a guerra em Gaza. Desde então, teria liderado as operações militares do Hamas contra as forças israelitas no enclave.
Na passada sexta-feira, o TPI anunciou o encerramento do processo contra o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, que foi assassinado no Irão a 31 de julho.
O TPI está atualmente a considerar os pedidos de mandados de captura, submetido este ano, contra líderes de Israel e do Hamas. Em maio, o procurador-chefe do tribunal, Karim Khan, solicitou mandados para Haniyeh, Deif e Yahya Sinwar, o atual líder do Hamas, por alegados crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos durante os ataques de outubro a Israel.
O procurador também pediu mandados de captura contra o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes semelhantes durante a ofensiva israelita em Gaza.
Netanyahu rejeitou a iniciativa do TPI, classificando-a como "ridícula" e negou qualquer equivalência entre as ações de Israel e as do Hamas. O Hamas, por seu lado, também criticou os pedidos de mandado quando estes foram submetidos.
Não existe um prazo específico para que os juízes do TPI tomem uma decisão, e em processos anteriores os mandados levaram entre um a oito meses a serem emitidos.
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