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Rússia divulga vídeo de retirada de material militar da Crimeia

Leonor Riso 16 de fevereiro de 2022 às 08:08

O país anunciou o regresso de soldados às bases permanentes após a realização de exercícios militares. Colocou mais de 150 mil soldados junto à fronteira com a Ucrânia.

O Ministério da Defesa russo divulgou o vídeo acima esta quarta-feira, que diz mostrar uma coluna de tanques e veículos militares a deixar a península da Crimeia depois de exercícios militares. O território foi anexado à Ucrânia em 2014. Segundo a Rússia, alguns soldados voltaram às suas bases permanentes depois de exercícios. Porém, o anúncio russo foi recebido com cautela pelos EUA, NATO e Ucrânia. 

Junto à fronteira com a Ucrânia, a Rússia colocou mais de 150 mil soldados. Porém, esta terça-feira, disse estar aberta às negociações, ao mesmo tempo que defende ter o direito de colocar tropas onde quiser no seu próprio território. O país liderado por Vladimir Putin diz não tencionar invadir a Ucrânia, mas exigiu à NATO e ao Ocidente que não deixe este país entrar na Aliança Atlântica. 

"As unidades do distrito militar do sul que completaram os seus exercícios táticos nas bases da península da Crimeia estão a regressar por via ferroviária às suas bases de origem", disse o Ministério da Defesa russo, citado pelas agências russas.

O ministro da Defesa ucraniano afirmou que as últimas avaliações à ameaça não continham "nada inesperado" e eram consistentes com análises anteriores. 

Em declarações emitidas na televisão, Oleksii Reznikov disse que as forças armadas ucranianas iam prosseguir com exercícios militares a nível nacional, um dos quais contaria com a presença de um enviado militar da Bielorrússia. 

Este país assegurou a Kiev que não haverá ameaças militares a partir do seu território, onde a Rússia está envolvida em exercícios até dia 20.

Esta quinta-feira, Oleksii Reznikov vai reunir-se com todos os ministros da Defesa na NATO numa reunião virtual. 

Na terça-feira, 15, Jens Stoltenberg avisou Moscovo sobre reconhecer os territórios de Donetsk e Lugansk, dominados por separatistas pró-russos. O parlamento russo instou Putin a reconhecer a sua independência. 

"Se tal ocorrer, será uma violação flagrante da integridade territorial e soberania da Ucrânia outra vez, porque não há dúvida que Donetsk e Lugansk fazem parte da Ucrânia dentro das fronteiras internacionais reconhecidas. Por isso tal reconhecimento seria uma violação da lei internacional e da soberania e integridade territorial da Ucrânia. Além disso, será também uma violação dos Acordos de Paz de Minsk, por isso será ainda mais difícil encontrar uma solução política baseada nele", explicou o secretário-geral da NATO. 

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