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Putin mantém objetivo de atingir neutralidade da Ucrânia a bem ou a mal

Lusa 14 de dezembro de 2023 às 10:38

"Lembro-vos do que temos vindo a falar: a desnazificação e a desmilitarização da Ucrânia, o seu estatuto de neutralidade", declarou Putin na sua conferência de imprensa anual em Moscovo.

O presidente russo, Vladimir Putin, condicionou esta quinta-feira o fim da guerra contra a Ucrânia a Moscovo atingir os objetivos iniciais da ofensiva lançada há quase dois anos, incluindo a desmilitarização, "desnazificação" e neutralidade do país vizinho.

Alexander Zemlianichenko/Pool via REUTERS

"Lembro-vos do que temos vindo a falar: a desnazificação e a desmilitarização da Ucrânia, o seu estatuto de neutralidade", declarou Putin na sua conferência de imprensa anual em Moscovo, citado pela agência francesa AFP.

A solução "será negociada ou alcançada pela força", afirmou, assegurando que objetivos iniciais da ofensiva lançada em 24 de fevereiro de 2022 não se alteraram. "Haverá paz quando tivermos atingido os nossos objetivos", insistiu Putin, que anunciou recentemente a intenção de se candidatar a um novo mandato em março de 2024.

O líder russo disse que não está prevista, para já, uma nova mobilização militar na Rússia depois da do outono de 2022. "Atualmente, não é necessário", disse, salientando que 486 mil soldados foram recrutados voluntariamente este ano.

Putin afirmou que a Rússia está suficientemente confiante para "seguir em frente" apesar das sanções económicas, da guerra contra a Ucrânia e do confronto com o Ocidente.

Questionado sobre a resistência da economia às sanções, disse que a Rússia tem "margem de segurança suficiente" devido à consolidação da sociedade russa, à estabilidade do sistema financeiro e económico e "às crescentes capacidades militares" do país.

"É suficiente não só para nos sentirmos confiantes, mas também para avançarmos", afirmou Putin. Reconheceu, no entanto, que a inflação continua elevada na Rússia, devendo atingir 7,5 a 8% até ao final do ano, o que preocupa a população, e prometeu que o Banco Central tomará as medidas adequadas para a travar.

Disse esperar que o PIB cresça 3,5% este ano, considerando ser um indicador de que o país recuperou o atraso. "Demos um grande passo em frente", afirmou.

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