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Putin lança exercícios militares com mísseis balísticos

Lusa 19 de fevereiro de 2022 às 12:29

Putin e o seu aliado bielorrusso, Alexander Lukashenko, assistiram aos exercícios militares "estratégicos" com mísseis balísticos e de cruzeiro.

O Presidente russo, Vladimir Putin, lançou hoje exercícios militares "estratégicos" com mísseis balísticos e de cruzeiro, anunciou o Kremlin, em plena escalada de tensão com o Ocidente, que teme uma iminente invasão russa da Ucrânia.

Sputnik/Aleksey Nikolskyi/Kremlin via REUTERS

Citado pelas agências russas Ria Novosti e Interfax, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, confirmou que os exercícios já começaram e que Putin os acompanha com o seu homólogo e aliado bielorrusso, Alexander Lukashenko.

Peskov acrescentou que o líder russo não fará declarações à imprensa no final dos exercícios.

Na sexta-feira, o Ministério da Defesa da Rússia anunciou que "em 19 de fevereiro de 2022, sob a direção do comandante supremo das Forças Armadas da Rússia, Vladimir Putin", se realizariam exercícios das Forças de Contenção Estratégica, nos quais se lançariam "mísseis balísticos e de cruzeiro".

Nos exercícios participam unidades das Forças Aeroespaciais da Rússia, o Distrito Militar Sul, as Forças de mísseis estratégico e as frotas do Mar Negro e do Norte.

O objetivo, segundo o Ministério da Defesa, é comprovar o estado de preparação da direção, das unidades de lançamento e das tripulações dos navios lança-mísseis, assim como verificar a fiabilidade das armas estratégicas nucleares e convencionais do arsenal russo.

Peskov disse também na sexta-feira que as manobras das forças nucleares não devem alarmar o Ocidente, já que se trata de treino "bastante regular" e que diversos países foram notificados através de vários canais.

Lukashenko, que chegou na sexta-feira à Rússia para se reunir com Putin, manifestou o desejo de assistir aos exercícios juntamente com o chefe de Estado russo.

O Ocidente e a Rússia vivem atualmente um momento de forte tensão, com o regime de Moscovo a ser acusado de concentrar pelo menos 150.000 soldados nas fronteiras da Ucrânia, numa aparente preparação para uma potencial invasão do país vizinho.

Moscovo desmente qualquer intenção bélica e afirma ter retirado parte do contingente da zona.

Entretanto, nos últimos dias, o exército da Ucrânia e os separatistas pró-russos têm vindo a acusar-se mutuamente de novos bombardeamentos no leste do país, onde a guerra entre estas duas fações se prolonga desde 2014.

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