Turista pediu desculpa por escrever na parede do Coliseu. "Não sabia que era tão antigo"
O jovem está a ser investigado por danificar património cultural. Enfrenta pena de prisão de dois a cinco anos e uma multa entre os 2.500 e 15 mil euros.
O turista Ivan Dimitrov de 27 anos, que escreveu o seu nomenuma das paredes do Coliseu de Roma, tentou desculpar-se numa carta enviada à Procuradoria de Roma, ao presidente da Câmara, Roberto Gualtieri, e à Câmara Municipal da capital italiana. Na carta afirma que não sabia a antiguidade do monumento.
"Admito com total vergonha que só depois do que aconteceu é que descobri a idade do monumento", escreveu o jovem, residente no Reino Unido, na carta, que foi publicada na quarta-feira no jornal italiano II Messaggero.
O casal estava a visitar a capital italiana durante uma viagem de três semanas pela Europa. Durante uma visita ao Coliseu, o jovem escreveu a frase "Ivan+Hayley 23" numa parede, como se pode ver num vídeo publicado por outro turista nas redes sociais.
O ministro da Cultura italiano, Gennaro Sangiuliano, prometeu que o ato de vandalismo iria ser processado, após a força policial italiana o ter rastreado a partir das câmaras de segurança e registos do hotel.
Segundo o jornal italiano, o jovem pediu imediatamente desculpa pelo seu gesto e referiu que estava bastante arrependido e preocupado com as consequências do seu ato. Ivan está a ser investigado por danificar um bem do património cultural e, se for condenado, enfrenta uma pena de prisão de dois a cinco anos e a uma multa entre os 2.500 e 15 mil euros.
"Consciente da gravidade do ato cometido, com estas linhas gostaria de apresentar as minhas mais sinceras e sentidas desculpas aos italianos e ao mundo inteiro pelos danos causados a um bem que é, de facto, património de toda a humanidade", escreveu na carta.
O responsável pede sobretudo desculpa à Câmara Municipal de Roma que "com dedicação, cuidado e sacrifício guarda o inestimável valor histórico e artístico do Coliseu". Para se justificar acrescenta que "só mais tarde soube da idade do monumento".
O advogado de Dimitrov, Alexandro Maria Tirelli, disse ao jornal italiano que "o rapaz é o protótipo do estrangeiro que acredita levianamente que tudo é permitido em Itália, mesmo o tipo de ato que nos seus países seria severamente punido".
Esta não é a primeira vez que visitantes decidem vandalizar as paredes do coliseu. No ano passado, uma turista canadiana foi apanhada pelos seguranças do edifício enquanto tentava escrever o seu nome no muro. A polícia foi rapidamente chamada ao local e a visitante foi denunciada.
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