Secções
Entrar

Obama acusa Trump de aprofundar divisão na sociedade norte-americana com a pressa de “identificar o inimigo” no assassinato de Charlie Kirk

Débora Calheiros Lourenço 17 de setembro de 2025 às 19:53

A Casa Branca já reagiu e replicou as críticas considerando o ex-presidente “o arquiteto da divisão política moderna na América”.

O ex-presidente norte-americano Barack Obama abordou na terça-feira o assassinato do ativista e afirmou que o país está “num ponto de mudança”, apesar de considerar que a violência política “não é nova”.  
Obama critica Trump por divisões na sociedade americana AP Photo/Erin Hooley, File
O democrata discursou na Jefferson Educational Society, uma organização sem fins lucrativos em Erie, Pensilvânia, e focou-se bastante nas questões relacionadas com a violência política nos Estados Unidos, recordado alguns dos ataques fatais vividos este ano tanto contra Charlie Kirk como contra a deputada Melissa Hortman. Obama considerou ambos os incidentes “uma tragédia” e acusou o atual presidente de dividir ainda mais a sociedade em vez de trabalhar para a união.  Sobre as respostas ao assassinato de Charlie Kirk, Obama alertou para a incitação à violência, que pode servir para aprofundar as divisões políticas e culturais “vinda da Casa Branca e de algumas outras posições de autoridade”. Para o ex-presidente o mais preocupante é que “mesmo antes de conseguirmos determinar quem foi o autor deste ato maligno” é apresentada a narrativa de que vai ser “identificado um inimigo”.   Depois da morte do ativista de extrema-direita, Donald Trump rapidamente culpou a “esquerda radical” por fomentar um ambiente político perigoso que levou à morte de Charlie Kirk.  Obama considerou até que a violência política “é uma maldição para o que significa ser um país democrático”. “A premissa central do nosso sistema democrático é que temos de ser capazes de discordar e ter debates sem recorrer à violência”, afirmou o ex-presidente.  No discurso Obama recordou também quando, durante a sua presidência, nove pessoas negras foram assassinadas numa igreja de Charleston, na Carolina do Sul, ou a posição de George W. Bush depois dos ataques terroristas de 11 de Setembro onde ambos os presidentes reforçaram “constantemente os laços que nos unem”. Ao contrário de Trump, e as pessoas mais próximas de si, que chamaram os seus oponentes políticos de “vermes, inimigos”, o que Obama considera que se revela “um problema mais amplo”.   A Casa Branca já reagiu e replicou as críticas considerando o ex-presidente “o arquiteto da divisão política moderna na América”: “Obama aproveitou todas as oportunidades para semear a divisão e colocar os americanos uns contra os outros, e após a sua presidência, mais americanos sentiram que Obama dividiu mais o país do que o uniu”, referiu a porta-voz Abigail Jackson em comunicado.  
Artigos Relacionados
Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela