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Netanyahu promete "concluir a guerra em todas as frentes" após atentado na Cisjordânia

19 de novembro de 2025 às 08:20

A Autoridade Palestiniana anunciou que os responsáveis pelo atentado que causou uma vítima mortal e três feridos na Cisjordânia são dois jovens com 18 anos.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou-se determinado a "concluir a guerra em todas as frentes", incluindo a desmilitarização de Gaza, após um atentado perto de um colonato israelita na Cisjordânia, que fez um morto e três feridos. 
Netanyahu promete concluir a guerra na Cisjordânia após atentado AP Photo/Majdi Mohammed
"Hoje sofremos mais um ataque terrorista palestiniano e estamos determinados a concluir a guerra em todas as frentes, incluindo o desarmamento do Hamas e a desmilitarização da Faixa de Gaza para garantir que Gaza já não representa uma ameaça significativa", afirmou o primeiro-ministro israelita.   Numa cerimónia em memória de um soldado morto em combate, Netanyahu afirmou que, nos últimos dois anos, o seu Governo "fez muito para consolidar" a presença de Israel na Cisjordânia e atacou o eixo terrorista iraniano em todas as frentes, declarando estar "pronto para agir, se necessário".   A Autoridade Palestiniana anunciou na terça-feira que os responsáveis pelo atentado que causou uma vítima mortal e três feridos na Cisjordânia são dois jovens palestinianos com 18 anos de idade.  Os atacantes são Ibrahim Imran al-Atrash e Walid Muhamad Khalil Sabarna, naturais da cidade de Hebron, na Cisjordânia, e da localidade de Beit Umar, a sul de Hebron, acrescentou a mesma fonte.  O ataque ocorreu num cruzamento no sul da Cisjordânia, quando os dois jovens atropelaram um grupo de pessoas, saíram do carro e esfaquearam-nas, provocando a morte de um homem e ferimentos num outro e num rapaz de 15 anos.  O cruzamento de Gush Etzion, onde ocorreu o ataque, localizado na estrada entre as cidades palestinianas de Belém e Hebron e próximo de colonatos judaicos, no sul da Cisjordânia ocupada, tem sido palco de vários ataques anti-israelitas desde o final de 2015.  Os jovens foram depois mortos por soldados israelitas, disse o exército em comunicado.  Por seu lado, o jornal israelita Times of Israel avançou que uma mulher, ferida no ataque, foi também atingida a tiro por engano pelos militares e está em estado grave.  Segundo a mesma nota do exército israelita, os soldados encontraram materiais explosivos no veículo dos atacantes, que foram levados por especialistas em desativação de bombas da polícia de fronteira israelita.  Os grupos islamistas Hamas e Jihad Islâmica saudaram o ataque, que não reivindicaram, mas descreveram como heroico e como uma resposta às "agressões da ocupação" israelita.  O Times of Israel referiu que as autoridades israelitas têm na sua posse os corpos dos dois palestinianos.  A violência explodiu na Cisjordânia desde o início da guerra em Gaza, desencadeada pelo ataque sem precedentes do movimento palestiniano Hamas, a 7 de outubro de 2023, ao sul de Israel.  Pelo menos 43 israelitas, civis e soldados, foram mortos em ataques palestinianos ou em incursões militares israelitas na Cisjordânia, indicam dados oficiais israelitas.  Ao mesmo tempo, pelo menos 1.006 palestinianos, combatentes e civis, foram mortos por soldados ou colonos, de acordo com uma contagem da agência de notícias France-Presse com base em dados da Autoridade Palestiniana.  A violência não cessou com a trégua em vigor em Gaza desde 10 de outubro.   Segundo a ONU, a Cisjordânia registou em outubro um pico de violência sem precedentes em quase duas décadas. 
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