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Macron afirma que reconhecer Estado palestiniano é "dever moral" e "exigência política"

Lusa 30 de maio de 2025 às 11:12

A França copreside com a Arábia Saudita, entre 17 a 20 de junho, a uma conferência internacional na ONU, Nova Iorque, sobre a chamada solução dos dois Estados, israelita e palestiniano.

O Presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou hoje em Singapura, onde participa num fórum sobre segurança e defesa, que o reconhecimento de um Estado palestiniano "não é apenas um dever moral, mas uma exigência política".

ASSOCIATED PRESS

Em conferência de imprensa, Macron declarou ainda que os europeus devem "endurecer a posição coletiva" contra Israel "se não houver uma resposta que esteja à altura da situação humanitária que se apresenta nas próximas horas e nos próximos dias" na Faixa de Gaza.

Nesse caso, a União Europeia deve aplicar as regras do bloco comunitário, "ou seja, pôr fim a processos que pressupõem o respeito pelos direitos humanos, o que não é o caso atual, e aplicar sanções", afirmou o dirigente, referindo-se ao acordo de associação entre os 27 e Israel, que será reexaminado.

"Temos de endurecer a nossa posição porque hoje é uma necessidade, mas ainda tenho esperança que o Governo de Israel mude a sua [posição] e que finalmente tenhamos uma resposta humanitária", acrescentou.

A França copreside com a Arábia Saudita, entre 17 a 20 de junho, a uma conferência internacional na ONU, Nova Iorque, sobre a chamada solução dos dois Estados, israelita e palestiniano.

Sem dizer claramente se reconhecerá o Estado da Palestina nessa ocasião, Emmanuel Macron considerou que "a criação de um Estado palestiniano" sob certas condições "não é apenas um dever moral, mas uma exigência política".

Macron enumerou as condições: "libertação dos reféns" detidos pelo Hamas; desmilitarização do movimento islamita palestiniano; a não participação do grupo na liderança de um futuro Estado palestiniano; uma "reforma da Autoridade Palestiniana", que gere a Cisjordânia ocupada; o reconhecimento, pelo futuro Estado, de Israel e do "direito de viver em segurança"; e a "criação de uma arquitetura de segurança em toda a região".

"É isso que tentaremos consagrar num momento importante a 18 de junho, e eu estarei lá", disse, sobre a conferência na ONU.

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