Índia. Pelo menos 28 turistas morreram depois de ataque na região de Caxemira
Por volta das 15h00, horário local, um grupo de homens armados, aparentemente vindos das zonas montanhosas próximas da cidade, emergiu de uma área de floresta densa e começou a disparar indiscriminadamente.
Pelo menos 28 turistas foram mortos durante um ataque na região turística de Caxemira. O ataque ocorreu no Vale Baisaran, em Pahalgam, uma conhecida cidade turística a 90 quilómetros da principal cidade da região. As autoridades do país já consideraram o incidente como o ataque mais mortal contra civis na região registado nos últimos anos.
Por volta das 15h00, horário local, um grupo de homens armados, aparentemente vindos das zonas montanhosas próximas da cidade, emergiu de uma área de floresta densa e começou a disparar indiscriminadamente.
De acordo com as autoridades locais, dois ou três homens armados abriram fogo contra turistas numa área que é apenas acessível a pé ou de cavalo e de seguida fugiram do local.
Vídeos partilhados nas redes sociais, mostram dezenas de turistas feridos, rodeados por poças de sangue, enquanto os que estavam à sua volta gritavam e pediam socorro. Um guia turístico disse à AFP que foi para o local depois de começar a ouvir os tiros e que ajudou alguns dos feridos transportando-os de cavalo: "Vi alguns homens caídos no chão que pareciam mortos".
Já uma sobrevivente partilhou com a agência de notícias PTI que o seu marido "levou um tiro na cabeça, enquanto outros sete homens ficaram feridos no ataque". Outra testemunha falou com o India Today ereferiu que ao início pensou que se tratava "apenas de fogos de artifício": "Quando ouvirmos as pessoas a gritar corremos para nos salvar".
Devido à falta de acessos rodoviários na região, as autoridades tiveram de mobilizar meios aéreos, nomeadamente helicópteros, para evacuar os feridos.
As autoridades governamentais já referiram que entre os mortos estão turistas de outros estados indianos, como é o caso de Karnataka, Odisha e Gujarat, além de dois estrangeiros. Pelo menos outras seis pessoas ficaram feridas.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que no dia anterior se encontrou com JD Vance, já condenou o "ato hediondo": "Os responsáveis por este ato hediondo serão levados à justiça... eles não serão poupados. A sua agenda maligna jamais terá sucesso. A nossa determinação para combater o terrorismo é inabalável e está fortalecida".
A polícia está agora a levar a cabo uma operação para encontrar os agressores do que acreditam que tenha sido um ataque isolado. No entanto o ataque já foi reivindicado pelo grupo militar Resistência da Caxemira nas redes sociais que refere a sua indignação contra os mais de 85 mil indianos que estão a provocar uma "mudança demográfica" na região.
A região montanhosa é reivindicada pela Índia, mas governada também pelo Paquistão e tem vivido sob violência do grupo militar desde o início de uma insurgência anti-indiana em 1989. Desde então dezenas de milhares de pessoas foram mortas, mas a violência tem vindo a diminuir nos últimos anos.
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