Ucrânia acusa Rússia de espalhar rumor falso de ataque iminente
Várias embaixadas anunciaram o fecho por hoje devido ao alerta de um ataque russo com mísseis e drones supostamente dado pelos serviços de inteligência.
Os Serviços de Inteligência da Ucrânia acusaram a Rússia de pôr em prática "um ataque psicológico massivo de informação" contra Kiev por espalhar um aviso falso sobre um ataque aéreo iminente.
"Está a ser espalhada uma mensagem via serviços de mensagem e redes sociais... sobre a ameaça de um ataque com mísseis e bombas 'particularmente massivo' em cidades ucranianas", indicou a agência.
"Esta mensagem é falsa, contém erros gramaticais típicos da informação russa e de operações psicológicas", lê-se num comunicado citado pela agência Reuters.
Vários países ocidentais encerraram esta quarta-feira as suas embaixadas em Kiev, após esse alerta de ataque com mísseis e drones contra a capital ucraniana. Anunciaram que não vão estar a disponibilizar serviços ao longo do dia de hoje.
Os Estados Unidos da América, Itália, Grécia e Espanha fecharam as suas representações diplomáticas, depois de a Rússia ter prometido uma resposta à decisão de Joe Biden, que permitiu o uso pela Ucrânia de mísseis de longo alcance. Antes do primeiro ataque, Moscovo alterou a sua doutrina militar para permitir o uso de armas nucleares em caso de a Rússia ser atingida por mísseis fabricados por um país com poder nuclear.
Porém, a agência noticiosa Associated Press indica que o alerta de ataque em Kiev por parte dos serviços de inteligência não tem que ver com a alteração da doutrina nuclear russa.
Segundo o jornal Observador, a embaixada de Portugal mantém-se aberta, mas admite encerrar. O Reino Unido também não encerrou a embaixada. Os EUA antecipam uma rápida reabertura.
Na terça-feira, o chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, referiu-se a uma resposta aos disparos ucranianos de mísseis ATACMS (MGM-140 Army Tactical Missile System) norte-americanos contra a Rússia, denunciando o que classificou como "envolvimento dos Estados Unidos".
"Veremos isto como uma nova fase da guerra ocidental contra a Rússia e reagiremos em conformidade", afirmou aos jornalistas no Rio de Janeiro, Brasil, após a reunião do G20.
Com Lusa
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