Dois soldados da paz da ONU feridos em bombardeamentos israelitas no Líbano
Israel já informou que está a acompanhar o incidente e culpou o Hezbollah por estar a "operar deliberadamente com a intenção de prejudicar civis israelitas em áreas civis e perto de postos da UNIFIL, colocando assim em risco o pessoal" desta organização.
Dois soldados da paz da ONU ficaram feridos esta sexta-feira, após um ataque israelita no sul do Líbano, informou, através das redes sociais, a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL). As Forças de Defesa de Israel entretanto já se manifestaram e disseram estar a investigar o incidente. No X, as forças israelitasculparam o Hezbollahpor estar a "operar deliberadamente com a intenção de prejudicar civis israelitas em áreas civis e perto de postos da UNIFIL, colocando assim em risco o pessoal" desta organização.
Sabe-se que um dos soldados já "foi levado para um hospital em Tyre, enquanto o segundo está a ser tratado em Naqoura", escreveu a UNIFIL no X. Além dos dois bombardeamentos israelitas, que visam o grupo libanês Hezbollah, terem resultado no ferimento de dois soldados das forças de paz da ONU, o edifício desta organização também ficou danificado.
"Hoje, várias barreiras de betão na nossa posição da ONU 1-31, perto da Linha Azul em Labbouneh, caíram quando as IDF atingiram o perímetro e os tanques se moveram nas proximidades da posição da ONU", lê-se.
As forças da UNIFIL consideraram o incidente "sério". "Este é um acontecimento sério, e a UNIFIL reitera que a segurança do pessoal e da propriedade da ONU deve ser garantida e que a inviolabilidade das instalações da ONU deve ser respeitada em todos os momentos."
A UNIFIL alertou ainda que este tipo de ataques constituem "uma grave violação do direito internacional humanitário", assim como da "resolução 1701 (2006) do Conselho de Segurança" e lembrou que os soldados da paz que servem a ONU no sul do Líbano operam a pedido do Conselho de Segurança.
A resolução 1701 tem sido o eixo da paz entre Israel e o Líbano ao longo de quase duas décadas, estando cerca de 10 mil soldados da paz da ONU encarregados de a implementar no terreno. Esta resolução colocou fim ao conflito entre Israel e o grupo libanês Hezbollah, em 2006.
França entretanto já convocou o embaixador de Israel e a Rússia revelou-se "indignada" e exigiu que Telavive se abstivesse de "ações hostis" contra as forças de manutenção da paz, segundo a Reuters. O secretário-geral da ONU também já havia condenado os ataques ao pessoal desta organização.
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