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Comissão Europeia elogia "medidas corajosas" adotadas por Itália para combater coronavírus

10 de março de 2020 às 15:57

Vice-presidente do executivo comunitário Valdis Dombrovskis defendeu a existência de "alguns transtornos" para "proteger o máximo número de pessoas".

A Comissão Europeia elogiou, esta terla-feira, as "medidas corajosas" adotadas relativamente aoCovid-19por Itália, que está atualmente em quarentena para tentar conter o surto, e defendeu a existência de "alguns transtornos" para "proteger o máximo número de pessoas".

"Elogiamos as autoridades italianas pelas medidas corajosas que estão a adotar. Sabemos que isso está a causar alguns transtornos na população italiana, mas é melhor adotar medidas arrojadas neste momento para proteger o máximo número de pessoas", afirmou o vice-presidente do executivo comunitário Valdis Dombrovskis.

Falando aos jornalistas em Bruxelas no final da reunião do colégio de comissários, na qual foram abordadas as medidas de contenção e os impactos do novo coronavírus, o responsável garantiu que a Comissão vai "apoiar Itália e a sua população através de todos os meios à disposição".

E, numa altura em que existem casos de Covid-19 em toda a União Europeia (UE) -- de pelo menos um por Estado-membro, sendo que em Itália o número de infetados supera os nove mil -, Valdis Dombrovskis observou que "todos os países europeus enfrentam situações diferentes e todos estão a adotar as medidas mais adequadas".

"Estamos a coordenar a situação de forma próxima e o nosso objetivo é conter o vírus", referiu.

Relativamente às consequências económicas, o também comissário responsável pela parte económica mostrou-se otimista sobre uma futura recuperação na zona euro e na UE.

"Vamos conseguir aguentar este choque porque as nossas bases económicas são fortes e, por isso, a economia será capaz de recuperar", frisou Valdis Dombrovskis.

O vice-presidente do executivo comunitário notou que, até se atingir essa situação de recuperação, a Comissão vai "apoiar os setores da economia mais expostos", bem como as pequenas e médias empresas.

A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.000 mortos.

Cerca de 114 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 63 mil recuperaram.

Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 463 mortos e mais de 9.100 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.

A quarentena imposta pelo governo italiano ao Norte do País foi alargada a toda a Itália.

O Governo português decidiu suspender todos os voos com destino ou origem nas zonas mais afetadas em Itália, recomendando também a suspensão de eventos em espaços abertos com mais de 5.000 pessoas.

A China registou segunda-feira mais uma queda no número de novos casos de infeção, 19, face a 40 no dia anterior, somando agora um total de 80.754 infetados e 3.136 mortos, na China Continental.

Portugal regista 41 casos confirmados de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

A DGS comunicou também que em Portugal se atingiu um total de 375 casos suspeitos desde o início da epidemia, 83 dos quais ainda a aguardar resultados laboratoriais.

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