Com os dedos no "gatilho" Israel e Hamas anunciam tréguas e libertação de reféns
Os dois lados do conflito já confirmaram o acordo mais ainda não é conhecido quando é que as tréguas vão começar.
Vão ser libertados pelo menos 50 reféns, crianças e mulheres, que estão presos na Faixa de Gaza desde o dia 7 de outubro, no seguimento do ataque do Hamas ao sul de Israel. Em troca o governo israelita aceitou um cessar-fogo de pelo menos quatro dias, o anuncio foi feito pelo governo de Telavive, e a libertação de 150 prisioneiros.
Em comunicado Benjamin Netanyahu justifica que o acordo foi feito porque o seu governo está "comprometido em trazes todos os reféns para casa". O primeiro-ministro avançou ainda: "Pelo menos 50 reféns, mulheres e crianças, serão libertados por quatro dias, durante os quais haverá uma pausa nas hostilidades. A libertação de cada dez reféns adicionais resultará num dia adicional de pausa".
Outro dos pontos importantes do acordo é que foi dada a autorização para a Cruz Vermelha visitar os reféns que não serão libertados e prestar cuidados médicos.
Apesar das tréguas, Netanyahu garante que a guerra é para continuar até que Israel consiga cumprir três objetivos: "Que todos os reféns regressem a casa, que se complete a eliminação do Hamas e que se assegure que o grupo não é mais uma ameaça para o Estado de Israel".
Em declarações à CNN Internacional o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Jonathan Conricus, também garantiu que os militares se vão manter "vigilantes" e que vão aproveitar este tempo para "preparar operações futuras".
O Hamas confirmou o cessar-fogo de quatro dias e partilhou com aAl Jazeeramais um detalhe importante, serão libertados pelo menos 150 palestinianos das prisão israelitas, novamente estamos a falar de crianças e mulheres. Além disso Israel não vai "atacar nem prender ninguém" em "todas as regiões de Gaza" durante esse período e entre 100 a 300 camiões humanitários deverão dar entrada no enclave para suprir as necessidades de combustível, medicamentos e alimentação.
Também o lado palestiniano do conflito deixa clara a ideia de que a pausa é apenas temporária, defendendo que "as disposições deste acordo foram formuladas de acordo com a visão de resistência e determinação que visa servir o nosso povo e fortalecer a sua tenacidade face à agressão" e garantindo que os dedos do braço armada do Hamas "continuarão no gatilho": "Os nosso batalhões triunfantes continuarão atentos".
Apesar de ambos os lados terem confirmado as tréguas ainda não é conhecido quando é que estas vão começar e não são conhecidos os nomes ou as nacionalidades dos reféns que vão ser libertados.
A impressa israelita avançou que a libertação de reféns deverá ser feita em pequenos grupos com dez a doze pessoas que serão levados às instalações da Cruz Vermelha em Gaza e só depois transferidos para as bases das Forças de Defesa de Israel dentro do enclave. Depois serão encaminhados para um hospital, já em território israelita, para ser determinado se reúnem as condições físicas e psicológicas pata serem interrogados e, se tal for verificado, serão interrogados pelas autoridades e só depois irão para casa.
O acordo foi possível graças a medicação do Qatar, Egito e Estados Unidos. Joe Biden, o presidente norte-americano já afirmou esta quarta-feira que se encontra "extraordinariamente satisfeito" com a possibilidade de libertação de reféns.
O líder norte-americano deixou ainda elogios a Benjamin Netanyahu pelo seu "compromisso" com "uma pausa prolongada para garantir que este acordo pode ser plenamente executado e garantir o fornecimento de ajuda humanitária adicional para aliviar o sofrimento das famílias palestinianas inocentes em Gaza".
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