Secções
Entrar

Blinken e Kuleba reforçam urgência de desbloquear ajuda a Kiev

Lusa 18 de abril de 2024 às 11:44

Kuleba reforçou que o desbloqueamento do pacote de ajuda norte-americano é crucial para a Ucrânia "lidar com o massacre causado pelos mísseis russos", garantindo mesmo que "esta é uma questão de vida ou de morte".

Os chefes de diplomacia dos Estados Unidos e da Ucrânia insistiram etsa quinta-feira na urgência de o Congresso norte-americano desbloquear o pacote de ajuda a Kiev, para permitir ao exército ucraniano defender-se face à intensificação dos ataques da Rússia.

Gregorio Borgia/Pool via REUTERS

Em declarações na ilha italiana de Capri, que acolhe até sexta-feira uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G7, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, voltou a apelar à Câmara dos Representantes, de maioria republicana, que aprove o pacote de ajuda financeira à Ucrânia, bloqueado há meses.

"Neste momento, é urgente que todos os amigos e apoiantes da Ucrânia envidem todos os esforços para continuar a fornecer à Ucrânia aquilo de que necessita para se defender da agressão russa", disse Blinken, pouco antes de uma reunião com o seu homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, que, tal como o secretário-geral da NATO, foi convidado para esta reunião do grupo formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, mais a União Europeia.

Kuleba, que assumiu que o ponto único da sua agenda nesta participação na reunião ministerial do G7 "é a defesa aérea", reforçou que o desbloqueamento do pacote de ajuda norte-americano é crucial para a Ucrânia "lidar com o massacre causado pelos mísseis russos", garantindo mesmo que "esta é uma questão de vida ou de morte".

Por seu lado, em declarações prestadas também à chegada à reunião em Capri, o Alto Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa e de Segurança, Josep Borrell, advogou "decisões mais rápidas" por parte dos países europeus e aliados "para melhor apoiar" Kiev, já que não pode ser permitida a vitória do Presidente russo, Vladimir Putin.

"Os ucranianos estão a lutar, mas precisam de armas, e nós precisamos de fornecê-las e mais depressa", disse.

Questionado sobre o pacote de ajuda bloqueado há meses no Congresso norte-americano pela oposição republicana, o chefe da diplomacia europeia admitiu ser importante esse auxílio ser disponibilizado a Kiev, mas advertiu que a UE também tem de assumir as suas responsabilidades "e não contar apenas com os Estados Unidos", e deve fornecer à Ucrânia o material militar de que necessita, designadamente a nível de sistema de defesa antiaérea.

"Tenho a certeza que vamos fazê-lo, mas temos de fazê-lo mais rapidamente", afirmou.

Na última madrugada, no final do primeiro dia da cimeira de líderes da UE que decorre em Bruxelas, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, garantiu que é "uma questão de dias e semanas" até os países da União Europeia enviarem os sistemas de defesa antiaérea que a Ucrânia tem incessantemente pedido.

Na abertura da sessão de trabalhos de hoje, o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Antonio Tajani, 'anfitrião' da reunião -- dado este ano o G7 ser presidido por Itália --, defendeu que "apoiar a Ucrânia significa trabalhar pela paz, pois se Kiev perde, Putin nunca se sentará à mesa para negociações de paz".

Artigos Relacionados
Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela