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Ataques de drones ucranianos paralisam aeroportos de Moscovo

Lusa 23 de maio de 2025 às 07:38

"O sistema de defesa antiaérea intercetou e destruiu 105 drones ucranianos" no total, destacou a Defesa russa, em comunicado.

O tráfego aéreo em redor de Moscovo foi suspenso na quinta-feira, devido a ataques de drones ucranianos, revelou o Ministério da Defesa russo, acrescentando que intercetou cerca de 100 drones, 35 destes quando se aproximavam da capital.

Jan Woitas/picture-alliance/dpa/AP Images

"O sistema de defesa antiaérea intercetou e destruiu 105 drones ucranianos" no total, destacou a Defesa russa, em comunicado.

O presidente da câmara da capital, Sergei Sobyanin, apontou na rede social Telegram que "os serviços de resgate estão a trabalhar no local da queda dos destroços".

Depois, o presidente da câmara anunciou que 11 novos drones foram intercetados a aproximar-se da cidade.

A Força Aérea ucraniana indicou, por sua vez, que a Rússia lançou 128 drones sobre a Ucrânia durante a noite, dos quais 112 foram abatidos, intercetados por meios eletrónicos ou extraviados.

Os dois países têm lutado entre si com drones explosivos quase diariamente desde que a Rússia lançou a sua ofensiva na Ucrânia, há mais de três anos, mas Moscovo raramente foi atingida.

Os voos foram suspensos em vários aeroportos da capital russa, de acordo com a agência de aviação civil Rosaviatsia, incluindo o principal aeroporto internacional de Sheremetyevo, bem como os de Vnukovo, Domodedovo e Zhukovsky.

O Presidente russo, Vladimir Putin, rejeitou até agora os apelos de Kiev, Washington e dos europeus para um cessar-fogo duradouro.

Moscovo e Kiev realizaram na passada sexta-feira em Istambul as primeiras conversações diretas de paz desde a primavera de 2022, mas a reunião de apenas duas horas não produziu um cessar-fogo ou outros grandes progressos, à exceção da troca de prisioneiros.

A Rússia, cujo Exército ainda ocupa quase 20% do território ucraniano, continua a impor as suas exigências maximalistas, que implicam o reconhecimento de quatro regiões parcialmente ocupadas (Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia) e a península anexada da Crimeia, a desmilitarização do país vizinho e a recusa da sua adesão à NATO.

Por seu lado, Kiev, mais os seus aliados ocidentais, exige uma trégua antes de conversações de paz com Putin e não abdica da soberania sobre as regiões parcialmente ocupadas pelos russos.

O número de mortos na guerra é de, pelo menos, dezenas de milhares, e os combates obrigaram milhões de ucranianos a fugir das cidades e vilas do leste e sul do país.

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