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Nunca mais é sábado: de um mercado de chocolate a tesouros reais, 11 ideias para o seu fim de semana

Um concerto em Lisboa de uma cantora que integrou uma digressão de Madonna, uma peça de teatro de Albano Jerónimo e Cláudia Lucas Chéu e um menu exclusivo no restaurante JNcQUOI Asia são algumas das nossas sugestões.

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Nunca mais é sábado: de um mercado de chocolate a tesouros reais, 11 ideias para o seu fim de semana
Gonçalo Correia 10 de novembro de 2023 às 08:00
D. R.

Aproveite este fim de semana para visitar uma exposição que acaba de inaugurar:O Tesouro dos Reis. Obras-primas do Terra Sancta Museum. Patente no Museu Gulbenkian de esta sexta-feira, 10 de novembro, até 26 de fevereiro do próximo ano, a exposição reúne "uma centena de peças, com destaque para as provenientes do Terra Sancta Museum", museu localizado em Jerusalém, lê-se em nota oficial enviada à comunicação social.

Será possível ver um "conjunto composto por notáveis exemplos de doações régias à Terra Santa", representativos de "um património artístico e histórico de toda a humanidade", desde uma "lâmpada de igreja em ouro remetida por D. João V, com as armas nacionais" até ao "grande baldaquino (para colocação de custódia ou crucifixo) ofertado por Carlos VII, rei de Nápoles". Há conjuntos únicos para ver, que foram ofertados à Basílica do Santo Sepulcro por figuras régias que incluem ainda Filipe II de Espanha, Luís XIV de França e Maria Teresa de Áustria. Os bilhetes custam €6.

Guillaume Benoit/ CTS

- Brigadeiros, bombons, trufas, cookies, biscoitos, cupcakes, bolachas, licor, ginja, moscatel ou vinho do Porto. O chocolate está por todo o lado na quarta edição do mercado Choc Choc Choc - Chocolate Market, que desafia todos os amantes deste produto a visitar este fim de semana o espaço Inspire, no centro da Maia, para provar chocolate nas suas mais diversas formas e feitios ao longo da tarde.

A entrada é gratuita durante os três dias do evento - sexta, sábado e domingo, 10 a 12 de novembro - e os horários variam: sexta das 15h às 19h30, sábado das 14h às 19h30 e domingo das 14h às 19h.

D. R.

- Apresentada pela primeira vez em maio de este ano, em Guimarães, a peça de teatroO Meu Amigo H., uma criação de Albano Jerónimo e Cláudia Lucas Chéu a partir de My Friend Hitler, do japonês Yukio Mishima (1925-1970), pode ser vista esta sexta-feira e este sábado, 10 e 11 de novembro, na Casa das Artes em Vila Nova de Famalicão (21h30, €6).

Interpretada em palco por um quarteto de reconhecidos atores - Pedro Lacerda, Rodrigo Tomás, Ruben Gomes e Virgílio Castelo -, a peça adapta a obra do autor, artista e militante fascista japonês Yukio Mishima, mas com uma nuance: em vez de Hitler, fala-se de um tal "H.", símbolo de "vários líderes populistas e extremistas no mundo" (como explicaram os encenadores à SÁBADO, em maio). Nas palavras de Lucas Chéu, discute-se "os bastidores do nascimento de uma besta", isto é, "como uma criatura destas [um ditador sanguinário] é feita". Uma espécie de prológo ditatorial em que faz especial sentido refletir nesta época. Em janeiro do próximo ano, de 18 a 20, a peça será apresentada na Culturgest, em Lisboa.

- Em Lisboa, propomos-lhe um concerto de uma artista emergente este sábado, 11 de novembro. A cantora e compositora Éllàh, natural de Cabo Verde, já com colaborações com o produtor musical Branko (por exemplo, na canção NAFÉ), Dino D'Santiago e Madonna (integrou a digressão Madame X, da estrela pop norte-americana), apresenta-se no clube de concertos B.Leza acompanhada pela banda residente do espaço.

O novo single Aventura é um dos trunfos que Éllàh levará ao palco do B.Leza este sábado. O concerto começa às 23h30 e os bilhetes, que têm o custo de €10 (€5 dos quais consumíveis), só podem ser adquiridos à porta.

D. R.

- No Porto, porque não uma ida ao teatro? A peça A Ascensão de Arturo Ui, uma criação do Teatro da Didascália com dramaturgia e encenação de Bruno Martins a partir de um texto de Bertolt Brecht (1898-1956) de 1941, intitulado A Resistível Ascensão de Arturo Ui, pode ser vista esta sexta-feira, este sábado e este domingo, 10, 11 e 12 de novembro, no Teatro Carlos Alberto.

A peça é descrita como uma "parábola num tempo de degradação dos valores morais e do discurso político", inspirada numa sátira de Brecht sobre a escalada do nazismo na Alemanha. "Nesta adaptação, Ui e o seu gangue são um espelho da violência, xenofobia e intolerância que infetam os nossos mundos físico e virtual. A Ascensão de Arturo Ui revela-se pertinente face à atual reconfiguração do sistema político português", lê-se na nota informativa sobre o espetáculo. A primeira sessão, 6.ª, está agendada para as 21h, e as seguintes para as 19h (sáb.) e 16h (dom.). Os bilhetes custam €10.

Paulo Pimenta

- No JNcQUOI Asia, restaurante lisboeta localizado na Avenida da Liberdade, este fim de semana traz a oportunidade de provar "uma combinação inusitada entre as receitas tradicionais tailandesas e ingredientes britânicos sazonais". Tudo porque esta sexta-feira e este sábado, 10 e 11 de novembro, o menu inclui "os mais icónicos pratos" de John e Desiree Chantarasak, casal que lidera o projeto AngloThai, em Londres.

O menu, exclusivamente disponível até dia 11, inclui entradas como Hoi Naang Rohm (Ostra & Nahm Jim de espinheiro do mar, €8), Pad Pla Meuk (Lula salteada, manjericão tailandês e tinta, €22) e Laab Hed Ba (Salada Laab de cogumelos, gema de ovo curada e arroz selvagem, €28). Nos pratos principais, as sugestões são Mu Yang (Secreto de porco ibérico marinado em whiskey, mel de abelha preta e molho jaew de tamarindo, €33), Gaeng Taypo Goong Yai (Caril Vermelho com lima kaffir, lavagante e manjericão tailandês, €65) e Aeb Faktong (Caril grelhado de abobora e tupinambor com folha de figueira, €26). A sobremesa proposta é um creme de chá tailandês queimado e marmelo, conhecida como Khanom Cha Yen (€11).

D. R.

- Sexta-feira é noite de festa para Tito Paris. O músico e cantor cabo-verdiano vai celebrar 40 anos de carreira com um concerto numa sala emblemática, o Coliseu dos Recreios, em Lisboa. Não faltarão convidados especiais, para uma noite tão singular: Rui Veloso, Paulo Flores, Dany Silva e Sandra Horta vão partilhar o palco com Tito Paris. À hora a que este artigo foi escrito, restavam poucos bilhetes, entre €15 e €120. No sábado seguinte, 17, a atuação é no Coliseu Porto Ageas. 

- "Um espetáculo que pretende contribuir para a descolonização - enquanto gesto inacabado, portanto constante e continuado – do ensino do período histórico designado como descobrimentos". É assim que é descrita a peça descobri-quê, uma criação teatral de Cátia Pinheiro, Dori Nigro e José Nunes que quer desconstruir "narrativas oficiais que romantizam esta época" e confrontar o "passado invasor, expansionista e colonialista português".

A peça, destinado a um público juvenil, começa a ser apresentada esta sexta-feira, 10, e este sábado, 11, no Auditório Municipal de Reguengos de Monsaraz. Inserida no programa itinerante Odisseia Nacional, do Teatro Nacional D. Maria II (neste momento encerrado para obras de requalificação e melhorias), seguirá depois em digressão, sendo apresentada no Cine-teatro Sousa Telles, em Ourique (17 e 18 nov.), no Cineteatro de Barrancos (24 e 25 nov.), no Auditório Municipal de Olhão (29 e 30 nov.) e em Silves e no Centro Cultural de Chaves (datas por anunciar). 

Filipe Ferreira

- Já apresentado noutras cidades e salas do País, o espetáculo cómico Pela Ponta do Nariz volta aos palcos esta sexta-feira, 10 de novembro, iniciando uma nova temporada no Teatro Sá da Bandeira, no Porto, onde ficará em cena até dia 26 deste mês. Interpretada por José Pedro Gomes e Aldo Lima, esta comédia é ancorada num texto escrito por Matthieu Delaporte e Alexandre de La Patellière, a partir da obra teatral O Eleito, do dramaturgo e autor contemporâneo espanhol Ramon Madaula.

A encenação ficou a cargo de Ricardo Neves-Neves, que enquadra a narrativa de um recém-eleito Primeiro-Ministro que "é assaltado por uma incapacitante comichão no nariz que se manifesta, precisamente, sempre que tenta discursar". No Porto, as sessões de apresentação decorrem às sextas, sábados e domingos (6.ª e sáb. às 21h, dom. às 16h). Os bilhetes custam entre €12 e €20. De 11 de janeiro até 3 de março, a peça será apresentada novamente em Lisboa, no Teatro Villaret.

- Em Viseu, também há teatro este fim de semana. A companhia Teatro da Cidade leva esta sexta-feira à noite (21h) ao Teatro Viriato a sua encenação da peça A Missão, a partir da obra teatral A Missão: Memória de uma Revoluçãodo poeta, ensaísta, dramaturgo alemão Heiner Müller (1929-1995), autor fundamental do teatro do século XX. O elenco conta com Bernardo Souto, Danilo da Matta, Guilherme Gomes, João Reixa e Nídia Roque. Os bilhetes custam entre €5 e €10.

- Em Vila Real, a proposta para este final de semana passa também pela dança - e pelo "resgate da dança que o fado perdeu". Esta sexta-feira à noite (21h30), o Teatro Municipal da cidade acolhe uma apresentação deBate Fado, um "espetáculo híbrido entre a dança e o concerto de música com 9 performers: 4 bailarinos, 4 músicos e um fadista (bailarino)".

A direção artística, coreografia e composição musical ficou a cargo da dupla Jonas & Lander, que decidiu aqui "reinterpretar e a recupear o ato de se bater (sapatear) o Fado, onde a dança assume a qualidade de instrumento de percussão em diálogo com a voz e as guitarras", lê-se em nota oficial.

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