Cofundador da cimeira, Paddy Cosgrave, anunciou aplicação que permite a tradução das intervenções em chinês, japonês, espanhol e português.
O cofundador da Web Summit Paddy Cosgrave disse à Lusa que uma das novidades da edição deste ano é a aplicação que permite a tradução das intervenções em quatro línguas: chinês, japonês, espanhol e português.
"Vamos ter tradução pela primeira vez no 'Centre Stage' [palco principal]", bastando colocarem os auscultadores e utilizarem a aplicação, disponível em quatro línguas, disse.
Outra das novidades é que a restauração no espaço exterior do evento vai passar a aceitar pagamentos em cartão.
Paddy Cosgrave manifestou-se "otimista" quanto à edição deste ano e disse aguardar a intervenção do 'chairman' rotativo da Huawei Guo Ping.
"Estou muito interessado em ouvir o 'chairman' da Huawei falar", já que se trata da "empresa que mais se fala em todo o mundo nos últimos seis meses", prosseguiu, salientando que "as pessoas já começaram a chegar a Lisboa.
Outro dos destaques é a presença de Edward Snowden, o norte-americano que denunciou práticas de espionagem nos Estados Unidos.
Questionado sobre quais são as tendências do evento deste ano, Cosgrave considerou que "muitas pessoas vão estar a falar do impacto da tecnologia nas eleições", nomeadamente quando falta um ano para as eleições nos Estados Unidos.
"Há cinco, seis anos nenhum destes assuntos eram falados na Web Summit", desde inteligência artificial, adição à tecnologia, violação da privacidade, disse.
Nessa altura, "as notícias de tecnologias apareciam numa pequena secção da área de negócio, hoje estas pequenas histórias estão nas páginas principais", sublinhou.
A quarta edição da Web Summit em Lisboa arranca dia 04 e termina em 07 de novembro.
Sobre a parceria com a Altice Portugal, Paddy Cosgrave disse que é a mais longa na história da Web Summit.
"Nunca fizemos um acordo com mais de três anos, com a Altice fizemos por 10 anos, é um compromisso inacreditável", sublinhou.
Questionado sobre se o facto de ter um 'country manager' [diretor-geral] da Web Summit para Portugal [Artur Pereira] é sinal que vai expandir a empresa em Portugal, Paddy Cosgrave disse que Portugal tem "pessoas brilhantes" e que espera "contratar mais pessoas".
"O Artur [Pereira] é um solucionador de problemas", afirmou o cofundador, aludindo ao diretor-geral.
Com ele, "não há problema que não possa ser resolvido", disse, adiantando que a mudança de instalações do escritório da Web Summit em Portugal, para o pólo criativo LACS Anjos, em Lisboa, irá acontecer "antes do Natal".
Atualmente, a Web Summit conta com cerca de 12 pessoas em Portugal.
Fundada em 2010 por Paddy Cosgrave e os cofundadores Daire Hickey e David Kelly, a Web Summit é um dos maiores eventos de tecnologia, inovação e empreendedorismo do mundo e evoluiu em menos de seis anos de uma equipa de apenas três pessoas para uma empresa com mais de 150 colaboradores.
A cimeira tecnológica, que nasceu em 2010 na Irlanda, vai manter-se em Lisboa até 2028, depois de, em novembro do ano passado, ter ficado decidida a permanência da conferência em Portugal por mais 10 anos, após uma candidatura com sucesso da cidade de Lisboa.
Web Summit deste ano vai ter tradução em quatro línguas
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Fazer uma greve geral tem no sector privado uma grande dificuldade, o medo. Medo de passar a ser olhado como “comunista”, o medo de retaliações, o medo de perder o emprego à primeira oportunidade. Quem disser que este não é o factor principal contra o alargamento da greve ao sector privado, não conhece o sector privado.
Há alturas na vida de uma pessoa em que não vale a pena esperar mais por algo que se desejou muito, mas nunca veio. Na vida dos povos é um pouco assim também. Chegou o momento de nós, europeus, percebermos que é preciso dizer "adeus" à América. A esta América de Trump, claro. Sim, continua a haver uma América boa, cosmopolita, que gosta da democracia liberal, que compreende a vantagem da ligação à UE. Sucede que não sabemos se essa América certa (e, essa sim, grande e forte) vai voltar. Esperem o pior. Porque é provável que o pior esteja a chegar.
A mudança do Chega sobre a reforma laboral, a reboque do impacto da greve, ilustra como a direita radical compete com as esquerdas pelo vasto eleitorado iliberal na economia.