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Vhils, o graffiter de comboios que fugia à polícia, é o novo artista do regime

Marco Alves
Marco Alves 05 de julho de 2020 às 20:37

Alexandre Farto passou a ser querido e desejado por todos, incluindo pelo Estado. Retrato financeiro de um street artist que movimenta milhões e encaixou no sistema

Banksy, o artista de rua que em 2008 era já uma celebridade mundial, organizou em maio uma exposição coletiva num túnel rodoviário abandonado. No dia 2, a primeira página do The Times tinha uma foto onde à direita estava um trabalho de Banksy no túnel e à esquerda aparecia um português desconhecido a esculpir na parede o rosto de uma mulher.. O impacto daquele rosto abriu portas e eliminou degraus a Vhils, que doze anos depois, em declarações à SÁBADO, diz que "80%" do seu mercado (6,2 milhões de euros em vendas em 2018, segundo o Informa D&B) é internacional.

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Naufrágio da civilização

"O afundamento deles não começou no Canal; começou quando deixaram as suas casas. Talvez até tenha começado no dia em que se lhes meteu na cabeça a ideia de que tudo seria melhor noutro lugar, quando começaram a querer supermercados e abonos de família".